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Quinta, 28 Agosto 2014 15:08

Angola acorda perdão parcial da dívida pública de Moçambique

A dívida pública de Moçambique a Angola vai ser alvo de um perdão parcial no âmbito do entendimento acordado hoje em Luanda pelos Executivos dos dois países, no encerramento de três dias de reuniões bilaterais.

"Há um acordo sobre isso, que é uma parte perdão de dívida e a outra parte para investimentos de Angola em Moçambique. Vai-se agora afinar a identificação dos setores onde esse investimento terá lugar", disse o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Oldemiro Baloi falava aos jornalistas no final da sessão de encerramento IX Comissão Mista de Cooperação Bilateral Angola-Moçambique, mas escusou-se a adiantar o montante da dívida pública moçambicana a Angola.

Este entendimento é um dos objectivos que constam, indicaram os representantes dos dois executivos nesta comissão bilateral, do acordo que resultou de três dias de reuniões e que foi assinado hoje, em Luanda, pelas duas partes.

Para corrigir o "que falhou" em comissões anteriores, Angola e Moçambique instituíram um mecanismo de "acompanhamento periódico" da concretização das decisões tomadas, com avaliações bienais que arrancam já no final do primeiro semestre de 2015.

"Os instrumentos estão aí, a vontade de trabalhar está ai. Agora que venham os resultados", enfatizou o chefe da diplomacia moçambicana, sublinhando o "relançamento" das relações entre os dois países agora concretizado.

"No domínio económico, social e cultural temos bons indicadores de acções exequíveis em prazos aceitáveis", disse ainda Oldemiro Baloi.

O ministro angolano do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, - co-presidente desta comissão bilateral, juntamente com Baloi - acrescentou que a facilitação recíproca de vistos em alguns passaportes ordinários está entre os resultados alcançados neste acordo global.

"Sublinhar o entendimento para a implementação da solução encontrada para a dívida pública de Moçambique para com Angola, em termos que realizam os interesses de ambos os países", apontou Job Graça.

A comissão concluiu também um protocolo, a ser assinado "em breve", na área da Saúde, decidindo ainda a instituição de um fórum regular económico-empresarial entre os dois países.

"É a retoma do diálogo, que se encontrava, pelo menos neste formato, interrompido desde 2010 [última reunião da comissão mista], e a instituição de um mecanismo de acompanhamento da implementação dos nossos acordos e entendimentos", destacou o ministro angolano.

Lusa

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