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Terça, 18 Agosto 2020 11:35

Preços do dólar e euro em Luanda voltam a registar mudanças repentinas

Os preços a variar, no mercado de câmbios informal, na compra e venda do dólar norte-americano, também o euro, voltaram a registar esta semana, um gráfico que não satisfaz compradores, falando-se já do desaparecimento de divisas nas ruas, soube Angola24Horas.

À margem da nossa busca semanal pelos bairros de Luanda, fomos informados de que as dificuldades continuam, se não que tenha agravado ainda, devido as mesmas causas desde o início da pandemia, tratando-se de difícil acesso na aquisição destas moedas, numa altura em que a nota de 100 dólares está a ser vendida por 81 mil kwanzas.

Os negociantes "Kinguilas ", do bairro São Paulo, falando à nossa entrevista, avançaram que só estão a vender e comprar a nota de 5 dólares, sendo que a compra varia entre 4 mil e 3.800 kwanzas, passando a venda no valor de 4.500 e 4.300 kwanzas, respectivamente, sem no entanto avançar nenhuma informação sobre o euro por alegado valor avultado daquela moeda estrangeira.

Já na actualização feita no mercado de câmbios informal, do Mártires do Kifangondo, a nota de 1 dólar norte-americano estava fixada no valor de 810 para compra e 790 kwanzas para venda, enquanto que a nota de 1 Euro comprava-se por 830, a ser vendida no valor de 850 a kwanzas, respectivamente.

Na Mutamba, a nota de dólar norte-americano é transacionada a 770 kwanzas e o euro a bater nos 880 kwanzas, o mesmo preço do praticado pelas ‘kinguilas’ do Maculusso.

Segundo informações que temos recebido, de peritos na matéria, a nota de 100 dólares norte-americano, tem continuamente, registado um aumento considerável nos últimos dias, devido à alegadas manobras dos bancos comerciais autorizados à venda, denunciam alguns compradores.

Taxas de Câmbio dos Bancos Comerciais em Luanda

O Banco de Crédito do Sul é, no início desta semana, o operador comercial com a taxa de venda de divisas mais alta, tanto para o dólar, quanto para o euro.

Indicadores do Banco Nacional de Angola (BNA) mostram que, no Banco Crédito do Sul, o dólar esteve até ontem a ser vendido a 618,784 kwanzas e o euro a 732,454 kwanzas.

A taxa média de venda do agregado dos bancos comerciais foi de 596,552 kwanzas para o dólar e 705,927 kwanzas para o euro.

Na lista dos três bancos mais caros na venda de divisas, surge o VTB África como o segundo mais caro, com a nota de um dólar a ser transaccionada a 614,289 kwanzas e um euro a 724,892 kwanzas.

A terceira oferta mais cara da moeda dos Estados Unidos está a ser dada pelo Finibanco, a 605,921 kwanzas, enquanto o Banco Comercial do Huambo (BCH) ocupa a mesma posição para a moeda europeia, fixada a 716,516 kwanzas.

Os preços de oferta nos operadores que fecham o podium da tabela dos mais caros apresentaram variações acima dos 3,7 por cento, 2,6 e 1,5, respectivamente, nas duas moedas, quando comparado aos indicadores do período anterior.

Por seu lado, os bancos Kwanza Invest e Yetu, com 582,861 e 587,775 kwanzas por cada dólar, foram os que venderam a taxas mais baixas. Ainda o Kwanza Invest e o Millennium Atlântico, com 687,894 e 694,548 por euro, surgem como os que exibiram as taxas mais atractivas na oferta de euros.

Na semana passada, o Banco Crédito do Sul já vendeu divisas a taxas mais altas, tendo naquela ocasião sido acompanhado pelos bancos Yetu e Investimento Rural (BIR).

Estas alterações do mercado cambial foram justificada pelo regulador. Segundo o BNA, o regime cambial flexível tem vantagem de permitir ao próprio corrigir as distorções. “ Deste modo, a política cambial continuará o seu curso tendo presente os objectivos definidos no programa do Executivo”, defende o banco central.

Entretanto, o próprio banco central garantiu ao Expansão que tem poder para intervir no mercado nos casos de o curso da moeda se mostrar insustentável. "O BNA tem poder de intervir no mercado cambial para inverter o curso da moeda, caso este se revele insustentável. Pode fazer isso através da injecção de mais liquifez em moeda estrangeira (aumento da oferta) ou via política monetária mais restritiva, tendo sempre presente o seu objectivo principal que consiste na estabilização de preços na economia", garantiu o banco.

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