Os dados foram avançados pelo ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, no final da reunião do Conselho de Ministros, onde foi passado o ponto da situação dos dois últimos dias, marcado por atos de vandalismo na capital angolana.
Na sequência das arruaças, dos saques e dos desacatos às forças da ordem, a Polícia Nacional deteve mil 214 pessoas por suposto envolvimento nos actos, segundo o porta-voz da corporação, subcomissário Mateus Rodrigues.
Ao apresentar, terça-feira à noite, em conferência de imprensa, o balanço das operações policiais, o porta-voz disse que o número de detenções tende a subir à medida que evoluirem os trabalhos de investigação para responsabilizar os envolvidos em actos de arruaça e pilhagem dos bens públicos e privados.
“As nossas acções de investigação continuam, e a mensagem que queremos deixar para a sociedade é de tranquilidade e paz”, disse, sublinhando que “queremos reforçar a nossa reprovação social aos actos que foram registados em Luanda, porque não se pode entender de nenhuma forma que os actos perpetrados sejam chamados ou tratados por manifestações".
Para o oficial, trata-se de actos criminosos que devem merecer o repúdio de toda a sociedade e, certamente, a devida responsabilização por parte das autoridades competentes, referindo-se também ao registo de actos de vandalismo nas províncias do Huambo e de Icolo e Bengo, ocorrências "já controladas" pelos órgãos de defesa e segurança.
O porta-voz anunciou que a Polícia vai reforçar a protecção dos estabelecimentos comerciais das províncias afectadas, para evitar a pilhagem dos mesmos.