Inicialmente erguida com o suporte financeiro da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), com obras a cargo da empresa portuguesa Soares da Costa, a designação do empreendimento é uma homenagem ao nacionalista angolano, que jogou e residiu na mesma zona.
Esta infra-estrutura começou a ser construída em 1996 pela empresa Henrique Pereira "HPL", com o patrocínio de pessoas singulares, consistindo, numa primeira fase, na construção de um muro à volta do recinto, balneários e uma sala de reuniões.
Após uma paralisação de quase dois anos, foram retomadas as obras, desta para a construção de bancadas, para posterior arrelvamento, trabalho até agora ainda por concluir.
Em Janeiro de 2004 o então administrador do Sambizanga, José Leitão Ribeiro, havia projectado para final daquele ano o acabamento do Mário Santiago, mas não se concretizou.
O estádio resulta da unificação dos recintos da Académica do Ambrizete e do Benfica do Quinzau, agremiações extintas após o 25 de Abril de 1974, em Portugal, então potência colonial em Angola.
A disputa pela posse do imóvel vem suscitando até agora algumas polémicas nas lides desportivas do município e não só, com os conservadores a considerarem-no pertença dos antigos "estudantes" do Ambrizete e os liberais afirmam ser propriedade do Progresso, actual utente.
Quem foi Mário Santiago?
Foi um jovem estudante, praticante de actividades culturais e desportivas, que imbuído de espírito nacionalista reuniu outros compatriotas com propósito revolucionário.
Companheiro do actual Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o malogrado cedeu, na altura, a sua residência para a realização de encontros clandestinos na luta contra o colonialismo.
Além do imóvel em sua homenagem, foi fundada a Associação “Mário Santiago”, a 03 de Novembro de 1993, com objectivo de expandir informações sobre os nacionalistas que tudo fizeram para que Angola fosse hoje um país soberano.
Mário Afonso Santiago nasceu no Sambizanga, no dia 09 de Setembro de 1942 e faleceu a 13 de Novembro de 1971.
