De acordo com um relatório do Ministério das Finanças angolano sobre a arrecadação de receita com a venda de diamantes, relativo ao mês de maio, o país vendeu em média cada quilate por 102,71 dólares, uma descida face aos 120,95 dólares de abril.
Em todo o mês de maio passado, Angola vendeu 743.961 quilates, contra os 698.086 que exportou no mês anterior (aumento de 6,5%), segundo dados da Administração Geral Tributária compilados hoje pela Lusa, traduzindo-se em vendas globais no valor de 76,4 milhões de dólares (67,7 milhões de euros).
As vendas de diamantes no quinto mês de 2016 representaram receitas fiscais ordinárias para o Estado angolano no valor de 1.083 milhões de kwanzas (5,8 milhões de euros), quando no mês anterior, de abril, se cifraram nos 869,2 milhões de kwanzas (4,7 milhões de euros).
O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, disse em janeiro passado que os países produtores diamantíferos pretendem reduzir a quantidade de pedras preciosas no mercado para travar a quebra nos preços.
Depois do petróleo, os diamantes são o principal produto de exportação de Angola.
Entre outros projetos, a Endiama já anunciou que a primeira fase de produção da nova mina de diamantes do Luaxe, no interior norte de Angola, "o maior kimberlito" descoberto no país e que poderá duplicar a produção nacional, arranca "nos primeiros meses de 2018".
Juntamente com os restantes parceiros do contrato de investimento mineiro do Luaxe, a Endiama e os russos da Alrosa preveem investir mil milhões de dólares (887 milhões de euros) naquela concessão, que poderá garantir uma produção anual de cerca de dez milhões de quilates.
A mina de Luaxe deverá representar reservas à volta de 350 milhões de quilates e conta com uma previsão de exploração de mais de 30 anos.
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