Em declarações à agência Lusa, o advogado Walter Tondela disse que foi considerada terminada a audição do arguido Manuel “Nito Alves”, de 18 anos, iniciada segunda-feira, na 14.ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda, em Benfica.
De acordo com o advogado, este segundo dia de julgamento deu continuidade ao interrogatório do dia anterior, seguindo-se o arguido Hitler Jessy Chivonde, cuja audição continua na quarta-feira.
“Já pedimos ao tribunal para ser mais célere, para ver se até sexta-feira [última sessão agendada] apresentamos as alegações e esperamos a data para a leitura da sentença”, disse Walter Tondela.
Sobre a sessão de hoje, o causídico disse ter decorrido “com normalidade”, apesar de “cansativa”, até porque se “queriam criar novos factos” neste processo.
O julgamento dos 17 jovens ativistas, 15 deles detidos em prisão preventiva, desde junho, em Luanda, foi hoje retomado sob forte aparato policial e sem a presença de jornalistas na sala de audiência, que deixou de ser autorizada.
Depois do acesso sem restrições na segunda-feira, no arranque do julgamento, os jornalistas só estão autorizados a acompanhar o caso na sala de audiências na fase das alegações finais e na leitura do acórdão, ainda sem datas marcadas.
Os arguidos estão acusados pelo Ministério Público da coautoria de um crime de atos preparatórios para a rebelião e um atentado contra o Presidente angolano.
Depois da leitura dos despachos de acusação e de pronúncia, os advogados nas primeiras alegações pediram a libertação dos arguidos e apontaram ilegalidades processuais.
Lusa