Citando as manifestações e a insegurança geral, o Departamento de Estado dos Estados Unidos disse, num comunicado, que tinha "ordenado a partida dos funcionários não essenciais do Governo e de todos os seus familiares elegíveis".
Os EUA já tinham apelado, na terça-feira, aos seus cidadãos para abandonarem o país e aconselharam a não viajarem para a RDCongo, onde o grupo armado Movimento 23 de Março (M23) e as tropas ruandesas controlam quase toda a cidade de Goma, a capital de Kivu do Norte.
O novo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, na terça-feira e "apelou a um cessar-fogo imediato na região e a que todas as partes respeitem a integridade territorial soberana" da RDCongo, nação vizinha de Angola, de acordo com o Departamento de Estado.
Os Estados Unidos estão "profundamente preocupados com a escalada do conflito em curso no leste da RDCongo, particularmente com a queda de Goma às mãos do grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda", acrescentou.
Na terça-feira, manifestantes atacaram várias embaixadas, incluindo as do Ruanda, acusando este país de lhes ter "declarado guerra" no leste do país, e as da França, Bélgica e Estados Unidos, países criticados pela sua inação nesta crise.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou na terça-feira à noite os ataques como "inaceitáveis".
Numa altura em que aumenta a pressão internacional para pôr fim à crise, uma nova tentativa diplomática falhou hoje, quando o Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, anunciou, alegando questões de segurança, que não iria participar numa reunião, convocada pelo Quénia, com o seu homólogo ruandês, Paul Kagame.