O anúncio foi feito, quinta-feira (11), pelo presidente da empresa empreiteira desse projecto habitacional, Luís Troso, após o acto de lançamento da primeira pedra para a construção de 2 546 habitações, em 18 meses, numa cerimónia orientada pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos.
Na ocasião, o gestor do grupo empresarial SANEP clarificou que o preço de cada apartamento poderá sofrer ajustes, devido às variações do mercado e ao recente aumento do preço do cimento no país.
Quanto ao prazo de pagamento das habitações, Luís Troso explicou que dependerá das condições acordadas entre o comprador e a banca comercial, “não sendo possível ao sector privado garantir períodos fixos, como os aplicados nos projectos do Estado”.
Segundo o responsável, o financiamento para a construção dos respectivos apartamentos já está garantido, através de um consórcio estrangeiro que vai desembolsar cerca de 110 milhões de dólares norte-americanos, para cobrir, integralmente, os custos da empreitada.
Acrescentou que a obra, que não contempla vivendas, vai permitir empregar mais de 100 trabalhadores, número que deverá aumentar para 800, à medida que avançam as etapas do projecto.
Inicialmente projectado para albergar 5 800 casas no Lote 1, entre vivendas e apartamentos T3, a urbanização KK 5800 faz parte dos activos confiscados pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República, tendo como fiel depositário e gestor do projecto o Instituto Nacional da Habitação (INH).
A propósito, o director-geral do INH, António Silva Neto, lembrou que esse projecto foi recebido sem documentação completa, o que exigiu um estudo técnico aprofundado, um trabalho que permitiu concluir que seria possível duplicar a capacidade da urbanização, alcançando um total de 10 800 habitações.
Disse que as unidades habitacionais seguem o padrão existente, sendo descontinuadas as vivendas que vão ser substituídas por prédios, de modo a atingir a meta das 10 800 casas.
Lembrou que está, igualmente, prevista a construção de equipamentos sociais, a serem desenvolvidos em coordenação com a administração local e o Governo Provincial de Luanda.
De acordo com o responsável, a conclusão dessa urbanização será realizada em parceria com entidades privadas, através do modelo de permuta, no qual os empreiteiros recebem unidades habitacionais como contrapartida.
Para isso, avançou, foi feita uma avaliação física e financeira individual de cada quarteirão, assegurando transparência e segurança jurídica às empresas envolvidas.
“Por ser propriedade do Estado e estar devidamente registada, a urbanização KK 5800 permite o fraccionamento e garante ao parceiro o recebimento de unidades específicas, conforme o contrato”, reforçou.

