O ministério das Finanças garantiu, nesse sentido, que "envidará os esforços necessários para o cumprimento atempado e efetivo do plano de ação recomendado" pelo Grupo de Ação Financeira (Gafi), no dia em que a organização que luta contra o branqueamento de capitais incluiu o país na lista de países com monitorização reforçada.
Em comunicado, o executivo angolano explica que "na sequência do processo de avaliação mútua a que o país foi submetido em 2023", foi submetido a "um período de observação de um ano, durante o qual deveria resolver 87 ações recomendadas".
"O país fez progressos significativos", explica o executivo liderado por João Lourenço, "tendo alterado e criado instrumentos legais essenciais" para cumprir as exigências.
No entanto, "após a discussão do Relatório de Progresso pós-período de Observação, o órgão de especialidade do Gafi para África concluiu que, das 87 ações recomendadas, Angola conseguiu resolver um total de 70 deficiências, permanecendo 17 por resolver", aponta o documento.
O ministério das Finanças angolano lembra, por isso, que a "lista cinzenta" inclui os "países que se comprometem a resolver rapidamente as deficiências estratégicas identificadas" dentro dos prazos acordados com o Gafi.
O Gafi, uma organização que luta contra o branqueamento de capitais, anunciou hoje que incluiu Angola na sua "lista cinzenta", como é conhecida a relação de países que ficam com monitorização reforçada pela entidade.
O anúncio foi feito pela presidente do Gafi, Elisa de Anda Madrazo, no final de uma reunião plenária em que sublinhou que "o processo de inclusão na lista [cinzenta] não é uma medida punitiva".