“Dos Pequeninos é o Reino dos Céus” é o lema do triénio sobre a criança, promovido pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que cumpre, em 2023, o segundo ano com enfoque no tema “educação da fé da criança”.
Hoje, na abertura dos trabalhos da I Assembleia Plenária anual da CEAST, os bispos recordaram o que representa a figura da criança “para as nossas sociedades e, naturalmente, também para a igreja”.
“Ela (a criança) é simplesmente a garantia de qualquer futuro, por isso deverá ser também ela prioridade absoluta no âmbito de projetos e investimentos das nossas comunidades, tanto a nível social como eclesial”, defendem.
Em comunicado na abertura da plenária, que decorre até à próxima quinta-feira, em Luanda, os prelados apelaram às dioceses, paróquias e centros missionários para que se dê a “devida atenção” a esta temática.
“Ainda podemos fazer mais do que aquilo que temos vindo a mostrar até aqui, há necessidade de coordenarmos os esforços no sentido de trabalharmos nos programas de uma catequese cada vez mais atenta aos desafios do nosso tempo”, sublinham na comunicação apresentada pelo vice-presidente da CEAST, Estanislau Marques Chindecasse.
Uma catequese volta às novas tecnologias de comunicação e informação, à problemática do meio ambiente, “com verdadeiro envolvimento das famílias”, é o que defendem os bispos católicos angolanos.
“Que a semelhança do que se vem fazendo em algumas dioceses sejam levadas a cabo distintas iniciativas para favorecer uma abordagem aprofundada de temáticas ligadas à catequese infantil e a ideia pastoral a volta da mesma criança”, assinalam.
Em relação à vida eclesial, os bispos angolanos manifestaram também “muita dor” pela morte do papa emérito Bento XVI, do bispo do Uganda e presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM) e de Dom José Nambi, bispo de Bié.
Assinalaram também a realização da III Jornada Nacional da Juventude, Ombaka 2022, considerando que a mesma foi o ponto mais alto da pastoral juvenil e nível da conferência.
“Sentimos e vivemos os problemas e os dramas dos jovens, mas ao mesmo tempo celebramos com eles a fé, a esperança e o amor na certeza de que com Cristo, no centro da vida, seremos sempre vencedores e transformadores do todo social, político, económico, cultural e religioso”, afirmam.
Os bispos da CEAST saudaram ainda com “grande alegria” a recente visita do papa Francisco ao continente africano, particularmente à RDCongo e ao Sudão do Sul, considerando-a “expressão de proximidade da igreja universal à igreja particular”.
“Espero que a forte mensagem que ele deixou para os potentados do mundo e para os governantes e cidadãos africanos incentive uma nova cultura da convivência mundial e continental assente no respeito da dignidade das pessoas e dos povos”, realçou o Estanislau Marques Chindecasse, também bispo da diocese do Dundo.
Os trabalhos da I Assembleia Plenária dos bispos da CEAST decorrem até à próxima quinta-feira com o projeto do Instituto Missionário Mamã Muxima da CEAST e o conselho permanente da IMBISA (Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral), Luanda/2023 entre os pontos da agenda.