Os dois repórteres do Folha 8 que ontem acompanharam profissionalmente a manifestação que, em Luanda, envolvia dez movimentos contestatários reunidos no autodenominando Conselho Nacional dos Activistas de Angola, foram vítimas – como muitos outros – da sanha persecutória do regime.
Um estudo sobre o ensino dos Direitos Humanos nas escolas católicas de Angola revelou a existência de uma dicotomia em relação ao que crianças e adolescentes angolanos aprendem e a realidade nas famílias e sociedade.
Alguns grupos de jovens ativistas angolanos tentaram este sábado manifestar-se contra o Governo, em Luanda, mas foram travados pela intervenção da Polícia Nacional, conforme se constatou no local.
Hoje é o dia que o governo no liderado pelo o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), vai descumprir mais uma vez O ARTIGO 47º da constituição angolana, segundo alguns membros do MPLA, quando existir MPLA como governo não haver manifestação da oposição, segundo o MPLA a oposição não quer fazer manifestação mais sim arruaça e dar golpe de estado num partido eleito pelo povo angolano.
Advogado dos familiares das vítimas, Zola Bambi, disse à RFI que "o processo deve transitar para o próximo ano pelo menos" e que a retoma do julgamento pelo Tribunal Provincial de Luanda constitui "um precedente judicial muito importante".
Em Angola, Luanda será palco de uma manifestação este sábado (22.11) contra o Governo de José Eduardo dos Santos que está há 35 anos no poder. Os ativistas, apesar de ameaçados, não sentem medo.
Luanda volta este fim-de-semana a ter mais encanto, mesmo sabendo-se que o Governo vai reeditar a sua velha máxima, herdada do colonialismo, do peixe podre, fuba podre, panos ruins e – como habitualmente – porrada de criar bicho contra todos os que se vão atrever a sair à rua na defesa da democracia e de um Estado de Direito.