A maioria dos 14 activistas, presos com Luaty Beirão, vive nos bairros da periferia de Luanda. São músicos, engenheiros, professores universitários, trabalhadores por conta própria e estudantes. Não abdicam dos livros nem dos estudos. Estão presos há 126 dias.
Luaty Beirão queixou-se à mulher de dormência e formigueiro persistente nos braços, mãos e pernas. Foi na quinta-feira, após o habitual chá da noite, segundo informação divulgada na página de Facebook do activista angolano, que está há 33 dias em greve de fome em Luanda.
O historiador francês Michel Cahen, considerado um dos maiores especialistas mundiais em colonialismo português, defendeu, em declarações à agência Lusa, que o poder em Portugal nunca afrontou Angola, com exceção do antigo Presidente da República Mário Soares.
O advogado dos ativistas angolanos suspeitos de preparação de uma rebelião e de um atentado contra o presidente afirma não existirem provas que consigam "manter de pé a acusação", mas receia interferências no julgamento.
A promotora de uma petição sobre a "repressão dos direitos humanos" em Angola questionou hoje o Governo português sobre quando tomará uma posição de censura à opressão do executivo angolano.
É o que diz à Renascença o amigo que tem acompanhado o activista em Luanda. Luaty Beirão está em greve de fome há 32 dias.