Angola registou, em 2020, progressos no respeito pelas liberdades civis, mas o país manteve o uso excessivo da força contra civis, bem como a repressão aos ativistas de Cabinda, denunciou hoje a Human Rigths Watch (HRW).
A UNITA, oposição em Angola, manifestou hoje preocupação com o que classificou de "retrocesso" do Estado democrático e de Direito no país, marcado por "restrições das liberdades fundamentais" e "controlo da imprensa", comparando a situação à Coreia do Norte.
O ministro do Interior angolano disse hoje, em Luanda, que, nos últimos dois anos, o país registou incidentes tático-policiais que "lamentavelmente", alguns terminaram em mortes de cidadãos e polícias.
O investigador da África Austral da Amnistia Internacional (AI), David Matsinhe, afirmou hoje que “ninguém pode justificar” os 10 homicídios documentados em Angola atribuídos às forças de segurança no âmbito da imposição de restrições contra a covid-19.
As autoridades angolanas utilizaram força “desproporcionada e desnecessária” para reprimir a dissidência, dispersar protestos e combater violações do estado de emergência decretado para o combate à covid-19, afirmou hoje a Amnistia Internacional (AI).