A jurista guineense Aua Baldé defendeu hoje que o estado de emergência não pode ser "um cheque em branco" para a violação de direitos humanos em África, condenando a imposição violenta das medidas de combate à covid-19.
A Amnistia Internacional (AI) indicou hoje que Angola e Moçambique são alguns dos países da África Austral sinalizados por agressões por parte das autoridades no cumprimento das medidas impostas para a contenção da pandemia de covid-19.
A Amnistia Internacional afirma que a liberdade de expressão em Angola continua a ser colocada em causa, apesar dos “sinais iniciais de progresso”, e que as disputas de terrenos por privados são uma ameaça à sobrevivência das populações.
Ativistas cívicos angolanos consideram que o Relatório sobre os Direitos Humanos no Mundo de 2019 do Departamento de Estado americano reflete a realidade de Angola, no capitulo que descreve a situação do país.
O Departamento de Estado norte-americano considera que o Governo angolano deu passos importantes para punir os abusos de direitos humanos, mas alertou para cultura de impunidade e corrupção que continuam a travar a responsabilização pela prática destes atos.