A sociedade civil angolana apontou hoje a persistência de graves violações dos direitos humanos no país, mas o Governo assegurou estar aberto ao diálogo e empenhado em "garantir, respeitar e proteger os direitos humanos de forma voluntária".
O Bloco Democrático (BD) manifestou, forte repúdio às declarações do presidente da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, Ramy Ngoy Lumbu, que afirmou que “em Angola não se verifica violação dos Direitos Humanos”.
Execuções sumárias, torturas, intimidações e detenções arbitrárias são relatadas num novo relatório do movimento cívico Mudei que fala num agravamento das violações dos direitos humanos em Angola, no segundo trimestre de 2024, e critica a “banalização” da vida.
O Governo angolano gasta atualmente quase 50 dólares (46,9 euros) com cada um dos mais de 24.000 reclusos do país, num total de 1,2 milhões de dólares diários (1,1 milhões de euros), mais 20 dólares (18,7 euros) face aos últimos cinco anos.
Especialistas do Instituto para Economia e Paz (IEP) recomendam que os 27 países em risco alto de conflitos, do qual figura Angola, devem usar os dados disponibilizados para “antecipar e preparar-se para possíveis aumentos da violência no futuro.” Sugerem ainda o cumprimento dos pilares de governança ambiental, social e corporativa (ESG).