Sinais a partir de Luanda
No dia anterior a ter sido anunciada oficialmente a formalização de nova candidatura de José Eduardo dos Santos à liderança do MPLA, o Supremo Tribunal do país mandou libertar os 17 activistas que estavam presos há um ano.
O Presidente angolano exigiu hoje ao Banco Nacional de Angola (BNA) que encontre soluções para resolver as dificuldades dos clientes e empresas no acesso a divisas, reconhecendo que no momento atual quem tem dinheiro prefere mantê-lo fora do país.
Entre Setembro de 2015 e Maio deste ano, 55.127 trabalhadores públicos, vulgarmente conhecidos por "funcionários fantasma" foram identificados através do SIGFE - Sistema de Gestão Financeira do Estado, anunciou o Ministério das Finanças.
A formalização, quinta-feira, da recandidatura de José Eduardo dos Santos à presidência do MPLA foi conjugada com o sacudir os dois maiores focos de pressão externa: libertando os 17 ativistas condenados e abandonando as negociações com o FMI, assim fortalecendo a posição para a reeleição como presidente da República em 2017. Entretanto, no pano de fundo, vai ganhando consistência a opção por João Lourenço como vice-presidente.
JES explica falta de divisas: BNA recebe 300 milhões USD/mês das petrolíferas, o que "é insuficiente"
O Presidente da República clarificou hoje, na abertura da IV reunião extraordinária do MPLA, o que quis dizer no Conselho de Ministros do Moxico quando afirmou que a Sonangol não entrega receitas ao Estado desde o início do ano. José Eduardo dos Santos reconheceu ainda que a ineficiência da banca tem agravado a crise de divisas.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, apelou hoje à defesa da "paz e estabilidade" do país, tendo em conta o período de preparação das eleições gerais de agosto de 2017, exortando ao "diálogo" para ultrapassar as divergências.
O Presidente da República e do MPLA, José Eduardo dos Santos, apelou hoje à calma política no país e lamentou os incidentes entre militantes da UNITA e do MPLA no Cubal, Benguela, garantindo, no arranque da IV reunião extraordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola, que as autoridades estão a fazer tudo para apurar o que se passou.
Fazer contas à vida com o "jogo da pobreza": "Banco é bom, mas para mim é melhor kixiquila"
Contam os mais-velhos que tudo começou com o trabalho comunitário, em que homens e mulheres se organizavam para, em conjunto, tratarem do campo agrícola do vizinho, rodando entre todos e tornando menos pesado o esforço de um único.