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Quinta, 16 Junho 2016 12:42

Ministério do Interior está a investigar agressão de inspector da Polícia à mulher Featured

A imagem de uma mulher com o rosto desfigurado, supostamente agredida pelo próprio marido e inspector-chefe na Polícia Nacional, tornou-se a mais recente denúncia pública contra a violência doméstica no país, agravada pela ligação do alegado agressor às autoridades.

O Ministério do Interior (MININT) já veio a público condenar o comportamento imputado a um dos seus funcionários, embora salvaguarde que é necessário "apurar a veracidade do facto".

Nesse sentido, segundo se lê numa nota de imprensa divulgada através da Angop, o MININT informa que a Inspecção Geral "foi orientada a trabalhar com celeridade no caso".

As suspeitas envolvem o efectivo Paulo Jorge António Correia Nunes, descrito numa denúncia partilhada nas redes sociais como "um homem 100% agressivo que mais de uma vez espancou a sua mulher".

Na queixa publicada online, Paulo Nunes é acusado de ter ameaçado a esposa de morte, "fazendo-se valer do cargo que ocupa" na Polícia. "Podes ir queixar aonde quiseres que ninguém me faz nada", terá dito à vítima.

"Mesmo conhecendo o estado da mulher, que saiu de um parto há pouco menos de três meses", a denunciante, identificada como Clelia Quissanga Carvalho, relata que o homem deixou a companheira "gravemente ferida".

Perante os factos relatados, o Ministério do Interior sublinha, na nota de imprensa, que o "suposto crime de agressão física que circula nas redes sociais, perpetrado por um oficial subalterno da Polícia Nacional (PN) contra uma cidadã", é passível de "sanção disciplinar, de acordo com o regulamento disciplinar da PN, sem prejuízo da acção criminal nos termos da lei".

O Ministério do Interior apela igualmente a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em território nacional a adoptarem a cultura da denúncia, sempre que forem confrontados com actos de violência.

NJ

 

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