Na sua página X, os rebeldes M23 aceitaram as negociações de Luanda e indicaram a recepção da correspondência do governo angolano que os convidou a dirigir ao diálogo e os rebeldes solicitaram que toda a correspondência futura seja endereçada à Alliance du Fleuve Congo (AFC:M23), uma coalizão de grupos rebeldes coordenada pelo Corneille Nangaa, antigo presidente da comissão nacional eleitoral independente congolense CENI.
O anúncio da reunião foi feito pelo presidente angolano João Lourenço, que assumiu papel central na tentativa de pacificar a região. Ele busca há meses promover o diálogo entre as partes, porém enfrentava resistência direta do governo congolês, que se recusava a sentar-se à mesa com o M23, alegando que o real adversário seria Ruanda.
"Na sequência das diligências efetuadas pela mediação angolana no conflito que afeta o Leste da República Democrática do Congo, o governo da República de Angola torna público que delegações da República Democrática do Congo e do M23 vão iniciar negociações diretas de paz, no dia 18 de março, na cidade de Luanda", informou o gabinete de João Lourenço em comunicado na quarta-feira.