O painel de preletores contou com Manoel Caetano Ferreira, Presidente da Comissão de Ética Pública da República Federativa do Brasil, que debateu sobre a Ética no Funcionalismo Publico; Ladislau Ventura Ph.D., Presidente da Mesa da Assembleia Geral do IIA-Angola, discursou sobre o “Flagelo da Corrupção e o Papel da Auditoria interna na Elevação do Clima Ético Organizacional”; Hawaly Kone, Presidente da IIA-Mali e Directora da Agência Nacional de Luta contra a Corrupção no MALI, que apresentou o tema “A Preponderância da Ética para a Governança e a Gestão do Risco Corporativo”, Luís Lee, académico português, Especialista em QAIP (Quality Assurance and Improvement Program), que falou sobre o tema “Certificação da Qualidade da Função de Auditoria Interna, sua importância e suas vantagens para as organizações” e António Brasiliano Ph.D., académico e Presidente da Brasiliano INTERISK, que apresentou o tema “Preocupações, perigos e oportunidades sobre cibersegurança e inteligência artificial”, e como a ética nas organizações pode ajudar a mitigar riscos.
Durante a conferência, referiu-se que o sector privado está maduro do que o público em Auditoria Interna, esse foi um dos motivos que levou a IIA global a emitir novas normas que deverão ser adoptadas por todos os auditores internos a partir de 9 de janeiro 2025. Normas essas, que serão também aplicadas pelo sector público e, isto, atendendo às especificidades da mesma, possibilitará enquadrar de forma mais adequada, a própria função da Auditoria Interna, atribuindo-lhe o devido reconhecimento.
Quanto a mudanças de paradigma nos sectores público e privado em Angola, o Presidente da IIA Angola, Artur Quicassa constata que “há mais consciência da eficácia e da eficiência do papel da Auditoria Interna nas organizações, o que também tem melhorado o clima de ética entre os auditores. Estamos a trabalhar na clarificação e consciência dos auditores enquanto profissionais; esta é uma profissão fortemente centrada na confiança e na ética, só assim é possível haver transparência. O impacto que pretendemos ter no sector público e privado, não reside no número de auditores presentes nas organizações, mas sim na qualidade dos profissionais, no compromisso com a qualidade, eficiência e eficácia do seu trabalho”.
Referiu ainda “a profissão de Auditor Interno está a despertar e tem suscitado interesse nos angolanos, há mais interação com o IIA Angola, mais pedidos de informação e procura de formação profissional. Esta edição da Conferência contou com a presença de participantes do Namibe, Benguela, Huambo e Zaire, ao contrário das edições anteriores onde o público presente era essencialmente de Luanda”.