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Terça, 13 Junho 2023 19:14

Conselho de Igrejas Cristãs em Angola concorda com proíbição de eventos em zonas residenciais

A secretária-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) aplaudiu hoje a medida do governo provincial de Luanda que proíbe a realização de eventos em zonas residenciais devido à poluição sonora.

Deolinda Dorcas Teca disse à Lusa que esta situação preocupa também o CICA, frisando que há muito vinham apelando a que “se olhasse para este lado”.

O Governo Provincial de Luanda proibiu a realização de espetáculos, atividades religiosas e festas, sem autorização, em zonas residenciais e locais públicos e abertos devido às queixas de ruído.

“Parecendo que não, há uma certa intranquilidade e são lugares de maior concentração de pessoas de diferentes caráteres, de diferentes personalidades, então, por nós não estranhamos esta medida, isto já fez parte de um dos nossos apelos enquanto igreja”, disse.

Deolinda Dorca Tecas recomendou que sejam criadas equipas para fiscalizar esta medida e que haja igualmente uma certa orientação.

“A orientação não pode ser coerciva, deve ser na perspetiva pedagógica e creio que isto faz parte realmente do reordenamento da cidade de Luanda. Para nós, enquanto igreja, ela é bem-vinda. Muitas vezes ficamos em lugares que nem conseguimos dormir, não é possível conversar, porque está o vizinho com uma música muito alta”, referiu.

Para a reverenda, é necessário também olhar-se para que “tipo de festas são realizadas”.

“Porque momentos há em que a música até pode terminar um pouco antes, são aspetos que podem ser analisados posteriormente. Por exemplo, para um aniversário não há necessidade de ir até à madrugada, canta-se os parabéns, corta-se o bolo, nos alimentamos daquilo que foi preparado, penso que em três, quatro horas, é possível terminar, precisaremos de olhar para os critérios de alguns atos festivos”, realçou.

Relativamente a igrejas localizadas em zonas residenciais, a secretária-geral do CICA reconheceu que há aquelas "que exageram”, enquanto outras têm atividades entre as 18:00 e as 22:00.

“Isto pode ser feito sim, ou das 18:00 até meia-noite e deixa-se o outro lado da noite para o descanso, mas é necessário que criemos equipes de sensibilização ou de consciencialização e equipes de fiscalização e que se estabeleçam horários também. Temos que criar duas ou três equipes, (...) sensibilizar, mas ao mesmo tempo mostrar a parte positiva e a parte negativa destas medidas”, expressou.

O GPL refere, num comunicado, que tem recebido denúncias e reclamações por parte dos munícipes devido à poluição sonora resultantes de eventos culturais e recreativos realizados em zonas residenciais.

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