De acordo com o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, ao Jornal de Angola, a corporação tomou conhecimento do crime através do tio da menor, que apresentou queixa-crime na esquadra da Samba.
Acrescentou que a criança explicou aos encarregados de educação que o director adjunto da escola ameaçou reprová-la caso ela não aceitasse envolver-se sexualmente com ele.
Segundo Nestor Goubel, a criança contou, também, aos pais que o director ad-junto prometeu matá-la caso contasse a alguém o que ele lhe fazia.
"Quando a criança notou que parou de menstruar ficou preocupada e ligou imediatamente ao director adjunto da escola, que a mandou ir ao seu encontro no Hospital da Samba, onde foi avaliada por uma enfermeira, que, depois de confirmar a gestação, sugeriu que fossem a um Centro Médico chamado Asa Branca, onde foi submetida a exames médicos que concluíram que estava grávida de um mês e três semanas", disse Nestor Goubel.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia deu a conhecer que, no dia seguinte, por volta das 7 horas, o director adjunto da escola mandou a criança ir ao seu encontro no bairro Rocha Pinto, tendo sido depois levada ao Distrito Urbano do Benfica, num lugar ermo da Zona Verde, onde foi obrigada a tomar um comprimido e de seguida aplicou-lhe uma injecção.
Posta em casa, por volta das 11 horas, a menor começou a passar mal e dirigiu-se à casa de banho com muita frequência, tendo chamado a atenção da mãe, que levou-a ao hospital, onde concluiu-se tratar-se de um aborto.