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Quinta, 15 Abril 2021 21:33

Celso Malavoloneke elogia posição da ERCA sobre deturpação do jornalismo investigativo e critica Carlos Alberto

Celso Malavoloneke, disse que vinha dizendo, faz algum tempo que o jornalismo de investigação que Carlos Alberto e o seu portal A DENÚNCIA nos vinham brindando é tecnicamente equivocado, eticamente duvidoso e humanamente inaceitável.

Segundo suas declarações, custava-o entender que, numa profissão onde o "namoro" das fontes é canônico e sagrado, o jornalista xingava, ameaçava, chantageava, caluniava e enfim, fazia tudo aquilo que todos os manuais não aconselham.

"E depois, ia atrás das mesmas fontes exigindo que o atendessem, sob pena de serem "denunciados". Não, aquilo não é jornalismo e muito menos de investigação. Quando tentei argumentar em favor dessa tese, o "jornalista" preferiu partir para a calúnia reles e abjecta pela qual aliás responderá em tribunal", disse Malavoloneke.

Neste sentido, considerou ser oportuno, a preocupação da ERCA sobre deturpação deturpação que este ramo de jornalismo tem vindo a registar "ainda bem que a ERCA no comunicado de hoje veio (im)pôr ordem num circo que já tresandava de tão podre".

Vale recordar que, o antigo Secretário de Estado para a Comunicação Social, Celso Domingos José Malavoloneke, anunciou, a 3 de Abril corrente, nas redes sociais que irá fazer uma participação contra o antigo membro da ERCA, Carlos Alberto, por difamação e calúnia.

De acordo com o acadêmico “Na ressaca de um debate nas redes sociais, o "jornalista investigativo" o fizera uma acusação grave daquelas que, ou Carlos Alberto provaria em Tribunal que Malavoloneke é um mau carácter, ou não prova que ele é uma fraude de pessoa ao dizer que Celso Malavoloneke, durante o seu tempo de serviço nas Nações Unidas eu "era agente duplo do MPLA e da UNITA".

"Por isso vou apresentar queixa na próxima semana por calúnia e difamação. Também dizia que "depois não dissesse que perdi por ser albino". Considero isso ofensa baseada na côr da pele. Também vou processá-lo por isso. Entre outras coisas. Uns dirão que "Não vale a pena, é perca de tempo, etc", conforme Celso Malavoloneke.

De salientar que, o Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA), alertou esta quarta-feira, 14 de Abril em Luanda, sobre a deturpação deliberada do conceito que está subjacente ao denominado “jornalismo investigativo”.

Em sessão plenária, a ERCA referiu que se estão a praticar excessos que põem em causa direitos de terceiros e que chocam com o que recomendam os princípios constantes dos manuais de referência e as exigências da própria legislação em vigor.

Para o regulador, a investigação no jornalismo não tem nada a ver com os procedimentos da investigação policial ou judicial, não assistindo aos jornalistas qualquer direito de exigirem das fontes ou entidades contactadas, algo mais que ultrapasse a sua livre vontade de prestarem ou não, a informação que lhes é solicitada.

A ERCA, considerou ainda preocupante a utilização que está a ser feita de alguns conceitos jornalísticos em simultâneo com a incorrecta interpretação das normas legais que balizam a intervenção dos jornalistas no legítimo exercício da sua actividade profissional, no que diz respeito aos seus direitos e deveres.

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