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Sexta, 31 Julho 2020 21:21

Covid-19: Angola conta com dez províncias com casos positivos

Dez das 18 províncias do país conta com casos de infecção pela Covid-19, com o anúncio, nesta sexta-feira, de quatro casos na província do Zaire e um na do Moxico.

Com casos positivos registados estão as província de Luanda (epicentro), Bengo, Cuanza Norte, Cunene, Cabinda, Cuanza Sul, Lunda Norte e Uíge.

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que falava durante a actualização epidemiológica, todos casos estão sob controlo das autoridades sanitárias locais.

Os quatro casos do Soyo (Zaire) envolvem trabalhadores da Base do Kwenda que obrigou a testagem de mais de 800 outros funcionários para o despiste.

“O governo local já tomou todos as medidas de prevenção numa união de esforços com a responsáveis da Angola LNG”, disse, prometendo que ainda neste sábado desloca-se ao Soyo uma equipa do Ministério da Saúde para aferir o reforço das medidas.

O paciente infectado na cidade do Luena, capital da província do Moxico, é esteve em quarentena durante sete dias, depois de deixar Luanda, tratando-se, por isso, de um caso importado e devidamente isolado.

Mês Julho com 43 mortos e 954 casos

Quarenta e três mortes, das 52 registadas associadas a Covid-19 até sexta-feira, 31, ocorreram em Julho.

Em Junho, primeiro mês crítico devido a época fria, o país registara nove óbitos associados à Covid-19, num total de 190 casos positivos confirmados.

Já nesse mês de Julho, Angola registou números “alarmantes”, que atingiram 954 infecções ( o país tem 1.144 no geral), com uma média diária de 31 casos, diferente da média de seis registada em Junho.

Ainda assim, o país posicionou-se muito aquém das projecções feitas por organismos internacionais ligados a saúde, que previam pelo menos 10 mil casos em Angola por essa altura.

Foi igualmente em Julho que mais províncias entraram na rota da pandemia, como o Bengo, Cuanza Sul, Lunda Norte, Uíge, Cabinda, Cunene, Zaire e Moxico.

No quadro do reforço da capacidade de testagem, a Comissão Multissectorial de Combate à Covid-19 implementou, em Julho, a campanha de teste rápido, analisando acima de 30 mil pessoas, resultando em mais de dois mil casos reactivos que aguardam a contra-análises da biologia molecular.

O grupo alvo foram os mercados, centros de sentinelas (hospitais), alguns bairros, profissionais do grupo de risco, entre outros, cuja campanha ainda prossegue.

Vários recordes foram também estabelecidos, nomeadamente o número de mortes em um dia (seis), recuperações (94) e casos de infecção (50), além de casos críticos (17).

A disseminação comunitária levou as autoridades governamentais a recuarem em algumas medidas para contenção de casos, como a mudança dos horários de encerramento dos restaurantes (20h), dos transportes públicos (antes 18, agora 20h).

Ainda nessa senda ficou decretado o uso obrigatório da máscara facial na via pública, redução dos dias de venda nos mercados informais (terça, quinta-feira e sábado), diminuição de números de pessoas (clientes e funcionários) nos supermercados, entre outros.

Do lado contrário orientou-se abertura de museus e outras actividades culturais.

No capítulo de voos humanitários, o governo esmerou-se na busca de seus cidadãos. Só em Julho foram mais de mil, sendo que no geral, desde o início do processo, perto de cinco mil angolanos voltaram ao país.

Angola conta com 1.148 casos positivos, dos quais 52 óbitos, 437 recuperados e 659 activos

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