Foi o caso de uma deputada da UNITA, que atravessou várias províncias e ficou em quarentena domiciliária, e uma secretária provincial da juventude, também da UNITA, que tentou fugir à barreira policial, indicou Valdemar José, sublinhando que o Governo resolveu expor o incumprimento destas entidades, revelando os seus nomes, numa perspetiva "pedagógica" porque "servem de referência" para a sociedade.
Foi também identificado um pastor da igreja pentecostal que realizava um culto ilegal com várias pessoas em casa, na província da Huíla, o que é proibido durante o estado de emergência.
O responsável do MIMINT criticou o comportamento dos cidadãos e alertou para o perigo de propagação do vírus, registando-se já quatro casos de transmissão local, num total de 30, em Angola.
"Esperávamos um movimento mais reduzido, aconteceu exatamente ao contrário, parece que toda a gente resolveu sair à rua. A função pública não está a trabalhar, os mercados estão encerrados, mas ainda assim houve um tráfego infernal em todas as artérias e nos questionamos: onde é que essa gente toda vai, se é feriado?", criticou Valdemar José num balanço sobre a situação operacional, voltando a alertar os cidadãos para se manterem em casa.
O subcomissário indicou ainda que foram "recolhidos coercivamente" alguns cidadãos provenientes do estrangeiro nos voos realizados entre 17 e 21 de março, que não quiseram ser testados voluntariamente para despistar a covid-19, alertando que o governo "tem o registo de todos".
Foram detidos a nível nacional de 278 cidadãos, 130 por excesso de lotação dos táxis coletivos, 6 por exercício de atividade ilegal de táxi, 64 por desobediência e 78 por violação de fronteira e foram apreendidos mais de 1000 motociclos.
