Inês Bonina, que chefia a nova secção de fraudes financeiras e bancárias na Direção Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), deverá ter consigo neste processo a ajuda de mais dois procuradores.
Os pedidos de ajuda da Procuradoria-Geral de Angola já foram formalmente distribuídos ao nível da Procuradoria portuguesa, cabendo ao DCIAP a competência para desenvolver as investigações.
Após a visita do PGR angolano, Hélder Pitta Grós, à sua congénere portuguesa, Lucília Gago, no passado dia 23 janeiro, chegaram à PGR as cartas rogatórias vindas de Luanda com a lista de nomes a notificar e os correspondentes crimes.
Segundo apurou o CM, os ilícitos que recaem sobre os cidadãos portugueses são os de falsificação de documentos, burla qualificada e participação económica em negócio. Para além destes, o DCIAP tem competência ainda para investigar o crime de branqueamento de capitais, uma vez que, alegadamente, o produto dos ilícitos cometidos em Angola passou por Portugal a caminho de outros países.
O primeiro passo da equipa liderada por Inês Bonina será a notificação de Mário Leite da Silva, o gestor e braço-direito de Isabel dos Santos em várias empresas, Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e ex-administradora da NOS, e Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol . O outro arguido era Nuno Ribeiro da Cunha, entretanto falecido. O advogado Jorge Brito Pereira não se encontra na lista enviada por Angola. CM