Abel Chivukuvuku falava no final do segundo de três dias de trabalhos do congresso, que ontem aprovou a estratégia eleitoral e os estatutos do partido.
Na reunião foi aprovada a transformação de coligação em partido político e recomendada a continuidade e multiplicação dos programas 15/15 (visitas ao interior do país), 7/7 (visitas aos municípios de Luanda), forma mobilizadora para adesão de militantes.
Segundo o político, as próximas eleições gerais “estão à porta e é preciso ir ao encontro dos cidadãos”.
“Se nós quisermos democracia de primeira, tê-la-emos. Mas se não participarmos, também poderemos ter democracia de terceira ou de quarta, como temos hoje. Se nós quisermos coesão social, acabando com a miséria, a pobreza do nosso povo, temos de participar, se não participarmos continuaremos pobres e miseráveis como o partido no poder (MPLA) nos está a fazer hoje”, sustentou.
Para Abel Chivukuvuku, a adesão ao registo eleitoral de todos os cidadãos é imprescindível.
“Estejam presentes e façam o registo eleitoral, a vitória começa hoje e não começa amanhã e também estejam prontos no dia do voto, porque dependerá de nós aquilo que quisermos fazer do nosso país. Eu acredito, eu tenho fé”, pediu.
No comunicado final do conclave, no ponto sobre a preparação do partido para as próximas eleições, os delegados orientam a necessidade de se adoptar uma comunicação de marketing eleitoral em línguas nacionais, a criação de uma conta para contribuições financeiras dos militantes e a formação política e eleitoral dos seus militantes a todos os níveis.
A orientação vai ainda no sentido de se cooperar com os demais partidos da oposição para o controlo, fiscalização e defesa do voto, para garantir eleições, “de facto, livres, justas e transparentes”.
Hoje, realiza-se a primeira reunião do Conselho Deliberativo Nacional, composto por 470 membros, dos quais 45 suplentes, na qual serão eleitos o secretário executivo nacional e o secretário executivo nacional adjunto, sob proposta do presidente, apresentada a composição do Conselho Presidencial, do Conselho Executivo Nacional e do Secretariado Executivo Nacional.
O programa reserva ainda a aprovação da composição dos órgãos de disciplina e auditoria da formação política e a orientação política e metodológica às estruturas executivas.
LUSA
