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Sábado, 23 Novembro 2013 07:46

Mataram o jovem quadro da CASA-CE Wilbert Ganga

A USP- Unidade de Segurança Presidencial disparou mortalmente sobre o jovem, após detenção juntamente com os demais integrantes de brigada com quais trabalhava na fixação de panfletos de protesto contra os assassinatos de Alves Camulingue e Isaías Cassule.

Ganga foi Isolado dos demais companheiros e levado pela USP, que disparou mortalmente sobre si.

A USP é uma unidade, cujos efectivos trajam um colecte verde alface, idêntico aquele que é usado na construção civil.

GANGA, nome pelo qual era mais conhecido era um jovem dinâmico que trabalhava para na área da  Organização da coligação.

Dirigente da CASA-CE poderá ter sido morto, polícia não confirma

Um dirigente da coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) terá sido morto hoje de madrugada em Luanda, segundo a direção do partido, mas a polícia não confirmou a informação.

A notícia da morte do militante da CASA-CE foi transmitida à Lusa pelo líder do partido, Abel Chivukuvuku.

O responsável acusou efetivos da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) de terem morto Wilbert Ganga, dirigente da Juventude Patriótica, ala juvenil do partido, o segundo maior da oposição em Angola.

"Por enquanto estamos aqui. Ainda vivos. Temos dirigentes presos e a Guarda Presidencial matou à queima-roupa um dos nossos dirigentes", acrescentou Abel Chivukuvuku.

Contactado pela Lusa, o porta-voz do Comando geral da Polícia Nacional, comissário Aristófanes dos Santos, disse não ter nenhuma confirmação da morte do dirigente da CASA-CE.

"Estou no terreno e não tenho confirmação. Mais logo vamos fazer uma declaração", acrescentou Aristófanes dos Santos.

O porta-voz da Polícia Nacional disse não confirmar ainda a alegação por parte da CASA-CE de que cerca de 30 militantes seus teriam sido detidos durante a madrugada.

Informações anteriores, veiculadas pelo blogue da CASA-CE, davam conta da detenção de Abel Chivukuvuku, mas este dirigente disse que "tudo não passou de uma confusão".

Outro dirigente da CASA-CE, o líder parlamentar André Gomes de Carvalho, disse que se encontram detidos pelo menos 30 militantes do partido, na sequência de uma operação de colagem de cartazes em várias ruas de Luanda.

Os cartazes serviam de protesto contra o desaparecimento dos ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule, raptados há ano e meio em Luanda quando preparavam uma manifestação antigovernamental e cuja morte resultante do rapto foi admitida em comunicado pela Procuradoria Geral da República de Angola, que acrescentou então terem sido feitas quatro detenções.

O rapto e a alegada morte dos dois ex-militares está na origem de uma manifestação convocada para hoje em Luanda pelo maior partido da oposição, UNITA, entretanto proibida pelas autoridades.

André Mendes de Carvalho confirmou à Lusa, por outro lado, a "retenção" do deputado Leonel Gomes.

"O Leonel Gomes foi transportado para uma esquadra e foi-lhe dada ordem de detenção, mas desconheciam que era deputado. Depois que a situação ficou esclarecida, ele foi autorizado a sair, mas solidariamente mantém-se na esquadra, a acompanhar os companheiros do partido que ainda se encontram detidos", disse André Mendes de Carvalho.

A manifestação da UNITA foi proibida durante a noite de sexta-feira pelo Ministério do Interior, que em comunicado lido no principal serviço noticioso da Televisão Pública de Angola justificou a medida com a necessidade de prevenir a eclosão de "facores de conflitualidade perturbadores da ordem, segurança e tranquilidade públicas e até mesmo da segurança interna".

Segundo o Ministério do Interior, além da UNITA, também o MPLA se preparava para se manifestar hoje em Luanda, razão pela qual anunciou a proibição das duas manifestações.

COMUNICADO da CASA-SE

A CASA-CE cumpre o doloroso dever de informar aos angolanos e ao mundo que acabamos de perder um dos nossos militantes que se chamava "GANGA". Estavam a ser levados pelos elementos da UGP hoje por volta de 01h00, e ele saltou da viatura para se escapar e um dos militares da UGP (Unidade da Guarda Presidencia) atirou e atingiu-lhe mortalmente.

O regime perdeu o controle, e antes mesmo da manifestação acontecer começou a cometer outros assassinatos... Assim, não podem imputar esta morte à realização da manifestação ! É um acto da inteira responsabilidade do MPLA... Noticias em actualização...

Fonte: CASA-CE

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