Domingo, 13 de Outubro de 2024
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Quarta, 28 Agosto 2024 20:04

UNITA pede ao MPLA e seu líder que abandonem linguagem de ódio e intolerância

A UNITA, maior partido da oposição, apelou hoje ao MPLA, partido no poder, e ao seu presidente, João Lourenço, que “abandonem a linguagem do ódio, da intolerância e da diabolização de quem pensa diferente”.

Em comunicado, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) reagia a um discurso do líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), segunda-feira, na abertura de um encontro com os primeiros secretários dos Comités de Ação do Partido (CAP).

Na sua intervenção, João Lourenço acusou os adversários do partido “que não fazendo oposição, encorajam e fomentam a desordem, organizam e lideram a subversão”.

Como ficou evidente agora na aprovação da Lei contra a Vandalização de Bens Públicos, tendo ficado provado o que já era evidente, que estão por detrás destas práticas antissociais e criminosas”, disse o líder do MPLA e também Presidente de Angola.

Face à acusação, a UNITA exortou ao MPLA e ao seu líder que “se libertem da tática de apontar o dedo aos outros, sempre que surge a necessidade de encobrir os seus próprios fracassos”.

Segundo a UNITA, o MPLA oferece aos cidadãos “um país onde todos os que pensam diferente vivem já condenados, até que o presidente do MPLA decida o contrário”.

O presidente do MPLA, com vestes de Presidente da República, no seu discurso demonstrou, de viva voz, que não está à altura da missão republicana de representar todos os angolanos, porque é contra a unidade nacional, o Estado Democrático e de Direito e o regular funcionamento das instituições da República. O Presidente da República destila ódio, promove a intolerância e a divisão dos angolanos”, refere o comunicado.

Para este partido político histórico, João Lourenço “ao proferir impropérios contra a oposição” sobre o sentido de voto do grupo parlamentar da UNITA, aquando da votação final global da referida proposta de lei, “recorre à calúnia e à difamação”.

Pelo que o desafiamos a provar que a ocorrência dos crimes que imputa à oposição não são meras e falsas acusações”, acrescenta a nota.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apelou aos angolanos “a rejeitarem e condenarem o discurso do presidente do MPLA, com vestes de Presidente da República, que atenta contra a paz, a democracia e a reconciliação nacional”, encorajando o seu grupo parlamentar a pautar “os seus posicionamentos políticos pela defesa dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos e pelos valores e princípios inscritos na Constituição da República de Angola”.

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