"É uma elite que não inova sobre o desenvolvimento do País, ignora a realidade do País. Por isso, vamos lutar para afastar esta elite que mergulhou os angolanos na pobreza e na miséria", disse o líder do BD, na abertura da primeira conferência nacional, que junta todos os dirigentes provinciais e municipais do País desta organização política.
Na sua opinião, nos 48 anos da independência nacional conquistada em 1975, o País enfrenta enormes dificuldades, porque o regime do MPLA condiciona a democracia, pilar fundamental para o desenvolvimento de Angola.
"Estamos num Estado falhado, num País que não é inclusivo. O País não tem instituições fortes, credíveis e não promove o debate", acrescentou.
De acordo com o político, não é possível o desenvolvimento num País "onde a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) é dominada por um partido absolutista no poder 48 anos".
"Ao comemorarmos os 48 anos da independência, a democracia em Angola continua no papel. Ninguém pode dizer que Angola é um País democrático", acrescentou, lamentando os momentos críticos que o povo passa com a subida regular da cesta básica, o aumento da inflação e o fraco desempenho de todas as instituições.
O encontro de dois dias, onde estiveram presentes o coordenador do projecto político PRA-JÁ Servir Angola, Abel Chivukuvuku, Manuel Fernandes da CASA-CE e outros representantes de partidos políticos como UNITA, PRS e a FNLA, visa capacitar os quadros do Bloco Democrático sobre os documentos reitores daquela formação política.
O encontro vai abordar, igualmente, o processo da implementação das eleições autárquicas em Angola.
Refira-se que o Bloco Democrático participou nas últimas eleições de 2022 na lista da UNITA, que escolheu 90 deputados. Concorreram também na mesma lista candidatos do PRA-JA Servir Angola, do político Abel Chivukuvuku, para além de algumas individualidades da sociedade civil.
O Bloco Democrático foi fundado em Julho de 2010 e está registado no Tribunal Constitucional desde 20 de Outubro do mesmo ano. NJ