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Sexta, 26 Agosto 2022 11:01

CASA-CE, APN e P-NJANGO escapam à extinção e os seus líderes dizem estar preparados para novos desafios

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral- CASA-CE, o Partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-NJANGO) e a APN, que não conseguiram eleger qualquer deputado nas eleições gerais de 24 de Agosto, continuam formações políticas reconhecidas pelo Tribunal constitucional (TC), por terem atingido, respectivamente, 0,75, 0,48 e 0,48% de votos.

A Lei dos partidos políticos diz que as formações políticas que participarem nas eleições e não atingirem 0,5% de votos são declaradas extintas.

Ao Novo Jornal, o vice-presidente da CASA-CE, Felé António, inconformado com os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), disse que a coligação aguarda a recolha em todo País das actas-síntese para confrontar os resultados.

"A CASA-CE foi prejudicada. Vamos continuar a trabalhar", afirmou Felé António, defendendo que a CNE deve, "urgentemente", publicar as actas-síntese.

O líder do Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), Dinho Chingunji, também decepcionado com o resultado, afirmou que vai continuar a trabalhar para que a sua formação política marque presença nas eleições gerais de 2027.

"Não gostámos dos resultados, mas vamos trabalhar para que nas próximas eleições o P-NJANGO mude o quadro", assegurou o presidente desta formação política.

O líder da Aliança Patriótica Nacional, Quintino de Moreira, não concordou com os resultados, sublinhando que a organização não merecia esta posição, porque fez "um trabalho excelente" durante a campanha eleitoral.

"É um resultado não favorável para nós. Durante a campanha eleitoral trabalhámos para o partido conseguir um número considerável de deputados, infelizmente ficámos surpreendidos com os resultados provisórios da CNE", frisou.

Nas últimas eleições gerais, em 2017, a APN foi o partido menos votado com 0,5 por cento dos votos, resultado insuficiente para eleger um único deputado, mas bastante para escapar à extinção da organização partidária.

A APN foi fundada por Quintino Moreira em 2015, quase dois anos após a extinção da Nova Democracia - União Eleitoral (ND), uma coligação de seis partidos políticos que conquistou dois deputados no escrutínio parlamentar de 2008, disputado por 14 concorrentes.

O círculo nacional elege 130 deputados, desses, 70 são eleitos por Luanda, e os outros círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou esta quinta-feira, 25, os resultados eleitorais provisórios "definitivos" das eleições gerais de 24 de Agosto, anunciando uma vitória por maioria absoluta do MPLA, que atinge 51,07 por cento e elege 124 deputados. A UNITA fica em segundo com 44,05 por cento e 90 deputados eleitos. NJ

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