Os seus nomes foram colocados em assembleias de voto a quilómetros de distância das suas residências, noutras províncias, e até quem está inscrito no Canadá tem o seu nome para votar na Maianga, em Luanda.
A lei orgânica das eleições determina que só vota o cidadão que “esteja regularmente escrito como eleitor no caderno eleitoral da respectiva mesa de voto”.
No entanto, as reclamações de deslocações surgem de vários cantos do país e do mundo.
António Manuel, cidadão residente em Luanda há mais de 30 anos e onde sempre exerceu o seu direito de voto, é agora forçado a votar na Província de Malange.
“Sempre vivi em Luanda e votei em Luanda”, diz Manuel que afirma “sentir-se penalizado porque não tenho condições para me deslocar de Luanda para Malange para votar”.
Petro Cafiele fez a sua actualização para votar em Luanda, mas diz ser obrigado a votar no Namibe.
“Mudei-me para Luanda e vivo no Zango no ano passado actualizei a minha morada, ainda assim fui colocado para votar em Moçâmedes, Namibe, tudo vou fazer para votar mesmo sem recurso”, conta.
Mas o caso mais estranho é do emigrante radicado no Canadá há 27 anos, João Joaquim, que tem o seu nome na Maianga, Luanda. "Eu sempre actualizei os meus dados aqui na embaixada e é um paradoxo agora aparecer como eleitor de manhã, esses factos podem manchar o processo eleitoral do país", lamenta.
A VOA sabe de muitas outras situções do tipo, mas até agora não obteve qualquer explicação da Comissão Nacional Eleitoral. VOA