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Sábado, 05 Fevereiro 2022 16:46

Graça Campos recua no tempo e defende-se de acusações de "ódio" contra Lourenço

O jornalista Graça Campos ao dar explicações que considerou necessárias mediante factos que envolvem seu nome, disse que no tempo da guerra fria, "campanhas orquestradas por laboratórios já conhecidos" era um chavão incontornável na propaganda e contra-propaganda.

De acordo com o também analista político, em Angola e noutros países que gravitavam em torno da União Soviética, por "conhecidos laboratórios" subentendiam-se a CIA, Mossad, os Serviços Secretos da África do Sul e arredores.

"A queda do muro de Berlim, a 9 de novembro de 1989, por obra e graça da perestroika e glasnost inaugurada por Mikhail Gorbatchov na União Soviética, pôs formalmente fim à guerra fria e com ele o incontornável chavão desapareceu do léxico político", recordou Graça Campos.

Foi, por isso, segundo este, com um misto de surpresa e nostalgia que nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, reencontrou o chavão num escrito em que um tal de Emanuel Kadiango despeja toda a "bílis" sobre Rafael Marques, apenas porque o conhecido jornalista destapou um pouco a nudez do rei.

Com o fim da guerra fria, relatou, Angola e Estados Unidos normalizaram relações, Angola e o Estado hebraico estabeleceram relações diplomáticas e, a racista África do Sul foi apagada do mapa mundial.

Observou igual que, por força das boas relações existentes entre Luanda e Washington, se o director da CIA se dispusesse a visitar Angola, por certo que até seria alojado no palácio presidencial ou numa residência protocolar muito próxima.

No seu entender, aos directores dos serviços secretos sul-africanos e israelitas nunca seriam reservados aposentos fora do Hotel Intercontinental.

"Por conseguinte, a quem se aplicaria o chavão que Emanuel Kadiango foi resgatar à propaganda comunista?
O mais feroz dos cães de guarda da "pátria" deve aos seus leitores e seguidores a identificação dos "já conhecidos laboratórios" que orquestram "campanhas" que visam "desvalorizar os actos do Executivo".
Se é um verdadeiro patriota, Emanuel Kadiango não deve guardar apenas para si essa precisa informação", conforme o jornalista.

Finalmente, aconselhou-o a partilhá-la com os seus concidadãos para que ninguém caia na "lábia" de conhecidos "jornalistas e comentadores da média convencional e digital", afinal de contas, lacaios ao serviço de conhecidos laboratórios.

Emanuel Kadiango, vale lembrar, disse que nos últimos dias, tem-se assistido a uma campanha sistemática que visa desvalorizar os actos do Executivo, desde a diplomacia económica, passando pela implantação da Reserva Alimentar, combate à pobreza e à corrupção até ao aumento do salário mínimo nacional.

Acrescentou que em ano de eleições, este facto seria normalíssimo, se os rostos desta campanha, orquestrada por laboratórios já conhecidos, não fossem jornalistas e comentadores da média convencional e digital.

"Para espanto dos que ainda mantêm sanidade mental - juntam-se organizações e individualidades internacionais -, estes activistas de turno vendem a tese insana de que o Governo de Angola é um corpo moribundo", observou Kadiango.

Curiosamente, realçou, este coro de contestação ao Executivo de João Lourenço intensifica-se numa altura que organizações multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional, agências de rating e Transparência Internacional, reconhecem avanços significativos nas políticas do Executivo angolano.

"Se de Graça Campos, Armindo Laureano, Ramiro Aleixo e Francisco Rasgado não se podem esperar leituras honestas sobre os actos do Executivo de João Lourenço, contra quem declararam guerra desde o início do mandato, sabe-se lá por quê, agora é Rafael Marques de Morais que nos surpreende com uma reflexão eivada de superficialidade e desprovida de qualquer esforço contra a subjectividade", atirou.

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