A inquietação foi manifestada por um dos responsáveis da Comissão Insta- ladora, Xavier Jaime. Em declarações ao Jornal de Angola, quando faltava apenas um dia para expirar o prazo definido pela Lei dos Partidos Políticos para responder o pedido de anotação, Xavier Jaime recordou que a Comissão Instaladora deu entrada do processo com mais de oito mil subscrições no dia 28 de Fevereiro e até ontem não teve qualquer reacção do Tribunal Constitucional.
"Quando entregámos na primeira fase 23.492 subscrições, o Tribunal Constitucional, num período de 35 dias, teve logo uma resposta. Agora que demos entrada de pouco mais de oito mil e poucas para suprir as assinaturas em falta estamos a chegar no prazo limite de 60 dias e não nos respondem", disse.
Neste segundo processo, acrescentou, há a particularidade de cerca das cinco mil assinaturas que foram para o Tribunal estarem já reconhecidas pelo Notário.
O político referiu que o Tribunal, em nome da verdade, precisa de se pronunciar. "Vamos aguardar, mas se continuarem a nos fechar a porta vamos entrar pela janela e pelo tecto e vamos encontrar uma saída", sublinhou.
O Tribunal Constitucional rejeitou, em Dezembro, o pedido de legalização do partido PRA-JA Servir Angola, liderado por Abel Chivu-kuvuku, devido a irregularidades na documentação apresentada. O Tribunal concedeu à Comissão Instaladora um prazo de três meses para apresentar os documentos suplementares.
Abel Chivukuvuku liderou o partido Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE, oposição) até fevereiro de 2019.