Vítor Ramalho diz, em entrevista ao jornalista Manuel Acácio no Fórum TSF, que é preciso dar mais valor à razão do que à emoção: "Nós devemos analisar esta situação com grande racionalidade, sopesando a defesa dos interesses gerais e deixando de lado a emotividade, embora isso não seja fácil. Na minha avaliação, esta notícia - quer em profundidade quer em extensão - é equivalente do ponto de vista mediático à utilização de uma bomba atómica."
O responsável da UCCLA lembra que Portugal está muito dependente do exterior e que, por isso, "para a defesa dos interesses gerais - quer de Portugal quer de Angola - é necessário que haja aqui pontes resolutivas".
"E é aí que o papel de Portugal é muito importante. Sendo condenável toda a roubalheira, para a defesa dos interesses gerais dos dois países que estão aqui em causa, é fundamental que Portugal ocupe o papel de incentivador num processo negocial e que possa ajudar Angola que está numa situação muito difícil", acrescenta.
No mesmo plano, Vítor Ramalho sublinha o papel fundamental do Presidente da República português neste processo: "O Presidente Marcelo convocou um conselho de Estado para o dia 31 deste mês sobre a CPLP. Eu acho que é uma medida fundamental para ver o que é que, em termos institucionais e estratégicos, o país deve defender e salvaguardar." TSF