Luanda - Fiquei muito preocupado, com a forma como o governo vê, na pessoa do Senhor José Tavares, os vendedores ambulantes e como decide tratar, num futuro breve os milhares de Jovens Angolanos desempregados que encontram na “zunga” o seu ganha pão e suspento para a sua familia, já que a resposta do governo para o combate ao desemprego é morosa e pouco eficaz, principalmente para a camada mais baixa (analfabetos ou pessoas com apenas o ensino de base concluido), que constitui a camada dos zungueiros e zungueira, tratados carinhosamente por vendedores ambulantes.
O facto do presidente, dos Estados Unidos de America do Norte, Barack Obama, haver nomeado, a diplomata, Helen La Lime, para a futura embaixadora, dos EUA, em Luanda, deve constituir um verdadeiro orgulho e esperança, para Angola, e para todos os filhos e filhas da terra Angolana.
Recentemente recebi, um texto extensivo de investigação, sobre o Radicalismo Islamico que aos poucos vai tomando conta de toda a Africa e que também vai ganhando corpo em Angola e extrai algumas reflexões. Devo reconhecer que fiquei tão espantado e estupefacto com as estrategias dessa religião que carrega consigo, também expirações politicas e económicas e que quando os seus seguidores são a maioria numa nação ou estado, a minoria é obrigada a converter-se ou pagar caro pela negação de aderir ao Islamismo.
A minha palavra vai hoje para os vendedores ambulantes da capital do país. A Comissão Administrativa de Luanda anunciou que vai começar a punir os indivíduos que vendem e compram artigos nas ruas da cidade. A medida é bem-vinda e foi anunciada por José Tavares Ferreira, presidente da Comissão Administrativa, durante a reunião do Conselho de Auscultação e Concertação Social de Luanda.
Torna-se doloroso e até mesmo intrigante a todo bom militante do MPLA ver o partido dos seus sonhos afundar-se completamente, e também assistir impávido o seu descarrilamento, pontificando de seguida para uma inigualável descaracterização, daquele que já foi considerado um dos maiores baluartes atuantes da cena politica e militar dentre os então movimentos, que ajudaram a libertar Angola do jugo colonial fascista.
O verdadeiro Nascimento, da democracia, na Republica de Angola, teria sido já, um facto palpável, e que sob efeito domino, teria já trago para Angola, uma comissão nacional de verdade, e de reconciliação, se o ditador Jose Eduardo dos Santos, houvesse admitido primeiro a democratização do MPLA, antes do déspota, fingir que tem boa vontade política, para enveredar, no jogo democrático em Angola.
O discurso proferido por sua excelência Senhor Presidente da República de Angola - José Eduardo dos Santos – constituiu as guloseimas que compensam o amargo das chicotadas e dos tiros pelos quais ele mesmo responde às manifestações populares e em particular dos jovens, por intermédio do seu “braço armado” (UGP – Unidade da Guarda Presidencial).
A República de Angola é um país que está em crise de liderança, onde a inevitável alternância política do actual Presidente, que se avista à passos longos, poderá ser turbulenta e resultar em duas crises: a própria alternância ou sucessão e a sua posterior crise transicional político-administrativa da actual para a futura Presidência da República.