O jovem aparecia de repente, invadia as nossas casas, através da emissão da TPA (Tudo Pode Acontecer), comentando tudo e todos, da propriedade da mandioca ao sexo do cão, bem como a política de “deusificada” do camarada arquitecto da paz, figura única, na miopia de alguns, sem o qual o Estado teria sucumbido. Era secundado pelo meu amigo, ainda que com alguma descrição, Norberto Garcia, também ele “pau para toda obra”, politicamente incorrecta.
O país necessita urgente de mecanismos estabilizáveis, que fortaleçam a sua diminuta credibilidade interna e externa.
Finalmente e depois de terem surgido as primeiras informações a respeito da parceria TAAG/Emirates, já lá vai mais de um ano, estão em Luanda os Executivos (topo de gama) que vão mandar a partir de agora na nossa companhia de bandeira, sob o olhar silencioso de quatro administradores angolanos não executivos.
A China (República Popular) é, neste momento, o principal parceiro económico – e não só – de Angola. Foi a Pequim que o próprio José Eduardo dos Santos (JES), em viagem realizada no último mês de Junho, recorreu, em momento de necessidade. É preciso financiar a crise, alimentar as elites.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, completa hoje 36 anos no poder. Nunca foi nominalmente eleito. É o segundo dirigente há mais tempo no poder. Mais antigo só Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, da Guiné-Equatorial.
João Lourenço como ministro da defesa já demonstrou para o que foi chamado, o ministro da defesa não passa de um insidioso militante do acaso. Apareceu como se de uma ovelha tratasse, mas aos poucos se deu a conhecer como um aleivoso militante da opressão.
Rafael Massanga Savimbi reivindica um funeral condigno para o seu pai. Tem todo o direito. Pena é que Angola, país pelo qual o pai deu a vida, não seja um Estado de Direito.
Discursando em Ondjiva, João Lourenço, ministro da Defesa, insurgiu-se contra a recente resolução do Parlamento Europeu, que acusa o regime angolano de desrespeito pelos direitos humanos e de fomentar a corrupção.