A História jamais se apagará. Os feitos dos seus protagonistas muito menos. E neste capítulo, José Eduardo dos Santos não é apenas o ex-Presidente da República de Angola, ou se quisermos ainda Presidente do MPLA. Ele é uma figura incontornável da história e protagonista de grandes feitos, não obstante os erros, pois é um ser humano falível, que lhe possamos apontar.
Durante a campanha eleitoral, o então candidato João Lourenço garantiu que a implementação das autarquias poderá solucionar “os problemas das assimetrias regionais, bem como da falta de energia, habitação, água e emprego”.
A Constituição da República de Angola (CRA) faz do Presidente da República num "super presidente", pois ele é o Chefe de estado, é o Titular do poder executivo, é o Comandante em Chefe das Forças Armadas... tem poderes "quase ilimitados". Deste modo se pode concluir que o Presidente da República (PR) João Lourenço (JL) através dos poderes que a CRA lhe confere, governa sem que preste, ou sem que algumas decisões suas passem por crivo de um seu superior hierárquico?
Porque ter vergonha em nos assumirmos como um povo frustrado, se ser frustrado não é crime, é sim um direito?
Um país não pode importar tudo ao ponto de importar até pessoal para trabalhar em Angola, enquanto temos Angolanos formados mas sem emprego. Temos que repensar essa mentalidade colonial de que o estrangeiro tem mais conhecimento do que o profissional Angolano.
Há uns dias que, citando – como alguém já o denominou – o Muhammad Ali da radiofonia, Guilherme Galiano, decorre uma «lavagem de roupa suja na praça pública» entre as antiga e actual administrações da Sonangol, sobre actos de gestão praticados nesta principal e recolectora empresa para o OGE nacional.
Porque foi JES não só quem institucionalizou a corrupção em Angola, como foi quem sempre fez tudo para garantir a impunidade de corruptos e corruptores, favorecendo sua família, amigos, grandes e pequenos grupos de generais que tratavam da lavagem do capital roubado no país em bancos estrangeiros, enquanto isto fintavam a nação angolana de que a crise foi motivada pela queda do petróleo.
A alta corrupção, que envolve os níveis mais altos da hierarquia dos Estados é um grande obstáculo ao desenvolvimento dos países.