A locução “ninho de marimbondo”, usada, desde sempre, entre nós, para mencionarmos algo de muito mau, proferida pelo Presidente João Lourenço, em Lisboa, como exemplo de corrupção no nosso país, ecoou pelo mundo.
Não são vãs as choradeiras que alugaram a boca do povo, querendo exaltar o bem mais precioso de Angola: “a paz e a reconciliação nacional”. A pluralidade dos angolanos hoje já não quer mais peleja, nem guerra fria, nem guerra quente, nem tão pouco guerra morna, antes pelo oposto, os angolanos louvam antes de qualquer coisa, a concreção da paz, da democracia e da reconciliação nacional, pelos vestígios malévolos cedidos pela guerra, que até então, os fantasmas de seu passado não param de apoquentar o bem-estar de muitos angolanos que aqui ou acolá assistem.
José Filomeno dos Santos, filho do antigo presidente, foi detido e está a ser investigado por suspeita de roubo ao Estado em milhares de milhões de dólares. Isabel dos Santos foi afastada de tudo o que podia ser afastada pelo Governo e o novo poder tenta asfixiá-la financeiramente.
Essa semana que finda foi uma semana de intenso debate político sobre a política interna. E é nessa mesma semana que teve arranque os exames nas classes terminais de cada ciclo no subsistema de ensino não universitário.
Numa marcação homem a homem, João Lourenço apresentou-se em Portugal como o Presidente anti-Dos Santos. Na substância, no estilo e na forma.
A reconstrução total de Angola, não há quem com bom senso duvide, vai demorar muito mais tempo do que uns quantos querem fazer crer e outros dizem acreditar, tais as evidências que nos entram pelos olhos.
Por mais esforços que se evidenciem no quadro do estudo dos processos geopolíticos de África e do mundo, não há exemplo algum apenas, que sabe expressar a teoria da auto – destruição como modelo para impor uma hegemonia administrativa ou política no cerne social.
Para mim a forma como JES governou Angola não passou de banditismo político, e João Lourenço não deveria admitir somente a hipótese de poder o mandar prender para que a história registe.