Em 1991, trinta anos atrás, fiz parte de um grupo de dissidentes que discordavam com a liderança do partido. Eu era bastante jovem e impressionável. Em Londres vindo de Lisboa, José Pedro Katchiungo mas o Tepe Santos, vieram para me convencer que eu tinha que pensar nos interesses do partido em geral.
Como vários membros da UNITA, achei o acórdão do último congresso que elegeu o Engenheiro Adalberto Costa Júnior uma interferência vergonhosa nos assuntos internos do nosso partido. Decidimos, então, mudar os nossos perfis no FB com a imagem do ACJ. Depois do próximo congresso e a eleição do ACJ, tudo voltará ao normal.
Angola está no turbilhão da “Terceira Revolução” que visa a consolidação do Estado Democrático de Direito com a ideologia do republicanismo que defende a construção do estado-nação como república, um Presidente da República eleito por voto directo e secreto, um sistema parlamentar que responda aos problemas do panafricanismo contemporâneo, um modelo político, económico, social e cultural que retira da periferia do Estado, do mercado informal, da pobreza e do subdesenvolvimento mais de 85% da população.
O fim último da Política é a organização do Estado, o bem-estar social, a segurança dos cidadãos, a harmonia pública, a empregabilidade, a educação e a cooperação entre os Estados, mas toda essa organização directa ou indirectamente exige a colaboração dos jovens, de modo que esses possam dar o seu contributo ao Governo e à Nação.
Na primeira quinzena de Dezembro, teremos, um atrás do outro, os Congressos da UNITA e do MPLA, os dois maiores partidos do país. Embora a liderança dos dois partidos esteja resolvida com candidaturas únicas de Adalberto Costa Júnior e de João Lourenço, respectivamente, há todo o interesse em verificar que outras questões estão em jogo, para além dos líderes e das propostas de Governo.