Estudantes angolanos lamentaram hoje a aprovação da cobrança de propinas e emolumentos no ensino superior, considerando que vai impedir muitos alunos de acederem às universidades, e admitem manifestações para contestar a medida após a quarentena imposta pela covid-19.
O director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton da Silva Chivela, afirmou, nesta quarta-feira, estarem em processamento os procedimentos bancários para o pagamento das bolsas de estudos dos estudantes angolanos no exterior.
As instituições do ensino superior públicas angolanas vão cobrar, a partir do ano académico de 2021, propinas de 1.900 kwanzas (3 euros), no período regular, e 15.000 kwanzas (24,3 euros), no período noturno, refere uma nova tabela de emolumentos.
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolano anunciou que a retoma da atividade letiva presencial, após o estado de emergência devido ao novo coronavírus, prevê aulas ao sábado para o cumprimento dos programas curriculares.
O porta-voz da Associação das Instituições do Ensino Superior de Angola (AIESPA) esclareceu hoje, em Luanda, que os estudantes que pagarem na totalidade a propina do mês de Abril já não vão ser obrigados a pagar o mês de Janeiro, altura que termina o ano académico.