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Sexta, 03 Janeiro 2014 20:15

Comentário sobre o discurso de fim de ano do Presidente da Republica

O discurso proferido por sua excelência Senhor Presidente da República de Angola - José Eduardo dos Santos – constituiu as guloseimas que compensam o amargo das chicotadas e dos tiros pelos quais ele mesmo responde às manifestações populares e em particular dos jovens, por intermédio do seu “braço armado” (UGP – Unidade da Guarda Presidencial).

O objectivo real mais inconfessado é a permanência no poder, é a manutenção dos milionários é a consolidação do regime de exclusão, perpetuando deste modo a politica instituída: “ Os ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres tornam-se cada vez mais pobres”.

O Senhor Presidente apresenta uma apoteose dos “lados bons” dos milionários e um lamento melancólico e cobarde sobre os “lados maus”. Deseja que os paupérrimos continuem a existir sem mínimas condições de existência. Que a ambiguidade!... Opressor bom! Opressor mau! Explorador bom! Explorador mau! Ditador bom! Ditador mau! Saturno bom! Saturno mau!

Os ricos trajados do uniforme (camisolas, chapéus, emblemas, etc.), do MPLA, para garantia do seu prestígio, mas euros, mas dólares, etc, escutavam atentamente o discurso, atraindo deste modo os miseráveis para aderirem ao “MPLA”.

Os pobres, muitos deles também trajados do uniforme do MPLA por falta de roupa, escutavam o discurso para alimentar os seus sonhos vazios e abstractos.

Tal como no passado o Senhor Presidente José Eduardo dos Santos, resume o seu sentimento no seu discurso, sobre o destino do “povo sofredor” de Angola (desempregados, camponeses, operários e funcionários marginalizados) da seguinte maneira: “Nenhum homem tornará algum dia melhor o que o criador fez mal, porque o Senhor Presidente não é o causador da pobreza em Angola; os seus pais assim como ele já encontraram a pobreza em Angola.”

Por Sofrimento Esperançoso

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