O país parece caminhar a passos rápidos para o descrédito total. O poder instalado tem medo do poderoso sistema que ele mesmo criou e instalou.
Aliás, a democracia em Angola, tem dono, não duvidem!
No país, tudo está refém, nem mesmo os poderosos escapam do medo.
Até mesmo o poderoso e inigualável senhor presidente do MPLA, tem medo de deixar o poder, do qual está de saída. Todos sabem que o presidente João Lourenço, não é imorrível, ele também está fadado a desaparecer do centro da carnal gravitação encorpada das almas viventes.
Todos quantos entraram pela porta do teatro da vida terrestre, já trazem consigo o visto de saída, isso significa que certamente desaparecerão da face da vida, do mesmo jeito que todos os demais simples mortais.
Fica aqui o alerta, todos quantos se sentem donos de Angola, e comportam-se, como se de deuses se tratassem, atenção a navegação dos novos tempos.
Todo angolano minimamente esclarecido já percebeu que a audição de Higino Carneiro, junto da prosaica PGR, não se trata de repor a justiça, tudo não passa de uma armadilha estapafúrdia para inviabilizar a pré-candidatura do general a cadeira maior do MPLA.
Trata-se apenas de fumo sem fogo, ou seja, luz sem luminosidade abrangente
O dono do sistema podre deveria perceber, que os angolanos estão de todo ressabiados com o atual MPLA, por isso, tentar anular essa pré-candidatura vai merecer a resposta forte da militância extra bureau político do comitê central do MPLA.
Não se pôde mais tolerar essas enganosas jogadas preenchidas de futilidades acrescidas. Seria ótimo que o chefe do regime, pare com a dualidade de suas empobrecidas jogadas sujas, só para se manter no poder.
No pais, todos sabem que o judiciário não é credível e apenas serve a vontade expressa do timoneiro do regime, por isso, não tem o rescaldo do cidadão, menos ainda encontram espaço para o enganar.
Usar o judiciário em levar teimosamente o general Higino Carneiro, a desistir da sua pré-candidaturas a presidência do MPLA, é um erro fatal.
Esse gesto penaliza e fragiliza o partido e aprofunda ainda mais a crise interna no MPLA.
Os escribas do MPLA, os seus pensadores, incluindo os prescritos analistas das secretas, não entenderam que o general Higino Carneiro hoje é considerado mais uma vítima do regime!
Além do mais, acresce a esse desastre anunciado outras debilidades que devem ser conjunturalmente lidas.
A cidadania está literalmente cansada do poder abrupto e ilegal centrado na pessoa do presidente do MPLA, e sobretudo, despreza todo emaranhado insipiente do elevado grau da soberba degenerativa do presidente do MPLA João Lourenço.
A pretensão de levar o General Higino Carneiro, nesse jogo sujo para tentar impugnar a candidatura legítima dele, não trará nenhum provento faustoso para o destino futuro do MPLA nem do seu presidente.
Cabe a todo cidadão lutar unidos, contra os malfeitores da república, quiçá, escondidos em lugares cimeiros do sistema aparelhado do estado que era suposto ser um estado de direito democrático.
Onde param afinal as reformas políticas e administrativas prometidas pelo dono do sistema? E as promessas do combate a corrupção, para onde foram transferidas? Por acaso foram simplesmente descartadas e jogadas para a estratosfera!
O país não precisa de mais perseguições, é importante dar-se rumo diferenciado ao país, faz-se necessário preparar com seriedade absoluta a uma transição aceitável, para que o país rume nos trilhos da democracia que o país tanto deseja. Tem que haver vontade e responsabilidade acrescida para caminhamos com o cidadão e ajudá-lo a sentir-se útil para servir o país. Também os poderes da república têm que caminhar harmonicamente seguros, rumo ao tão desejado estado de direito democrático.
Assim como está não pôde continuar, é mister, que o republicanismo angolano morreu assassinado pelo incompetente presidente do MPLA.
Dele é a culpa da nossa desgraça como povo, pois, amordaçou o MPLA e tomou de assalto os demais poderes da república, aprisionou as instituições do estado, sequestrou e aniquilou as liberdades de expressão e de ir e vir.
O direito a cidadania, foi totalmente surripiada, nunca coube ao cidadão o direito em observar nem exercitar democraticamente esse direito. O povo jamais teve o direito de se manifestar publicamente contra as más políticas do regime.
Costumo falar que, se conselho fosse bom não se dava, vendia-se. Ainda assim, deixo um veemente conselho aos detratores da verdade política e da democracia.
Todo poder na terra tem prazo para findar. Por outra, a sabedoria divina diz-nos que, todo ser humano não é atemporal, pois, o passado já nos ensinou que, ninguém fica no planeta como semente.
Aqueles que fizeram dos muitos angolanos, arma de arremesso nas suas guerras mortífera pessoais, acabarão igualmente numa qualquer sepultura.
Pensem bem, melhorem vossas performances futuras, e deixem o pais caminhar livre.
De duas coisas tenho certeza, o meu camarada Higino Caeiro, deve começar desde já a fazer as devidas conexões, e sobretudo falar em público sobre seus sonhos e também sobre as múltiplas candidaturas. Nesse quesito, acredito que somos solidários.
A outra questão, é a de ajudarmos a militância a compreender a necessidade de apearmos juntos esse MPLA bandido e o seu presidente, pois, ele de facto, falta nenhuma faz ao partido e ao país.
Estamos juntos
Por Raul Diniz

