Sexta, 20 de Junho de 2025
Follow Us

Domingo, 25 Agosto 2024 21:46

A verdade exposta

O comunicado expedido pelo MPLA, que visou dar resposta a conferência de imprensa realizada pela UNITA, trouxe consigo uma invulgar carga dramática, que se observado criteriosamente perceber-se-á nele, uma inquietante ausência de sobriedade política sem precedentes dos homens do Kremlin.

Essa situação, indica inexistir harmonia e segurança no seio dos camaradas em crise. No meu ponto de viste verifica-se que o comunicado representou um desserviço para a democracia pretendida.

De todo, foi um comunicado difuso e descontextualizado da realidade, onde a inversão de valores éticos se confunde com a disseminação de inverdades produtoras medos irracionais, que por sua vez, se digladiam com egos feridos insurgentes no campo da ficção estereotipada! Enfim, coisa do MPLA.

Senão vejamos, o autor ou autores de tal comunicado trapalhão, viajaram através do tempo e chegaram ao ano que marcaram o fraccionismo acontecido em 1977. Estranho nê! Sim, pois fica difícil entender os motivos que ligam o fraccionismo a UNITA!

De facto, o comunicado foi de todo evasivo, fútil e cheio de esquisitices demagógicas, próprias de um filme produzido para retardados consumirem. No entanto foi ótimo mostrar aos jovens o nosso passado tenebroso do sistema ditatorial da democracia popular, imposta pelo MPLA-PT, leia-se, MPLA Partido do Trabalho.

Porém, os autores do comunicado esqueceram-se, que o tempo do DIP propagandista do MPLA, foi a muito desarticulado, morto e enterrado. O ótimo e benévolo seria assistir o MPLA retrata-se, ao invés de vê-lo recorrer a metodologias ultrapassadas no tempo e no espaço!

O tempo dos discursos obsoletos e de belicismos e anacronismos inaceitáveis, pertencem ao passado, sobretudo, aqueles que visam tentar convencer o cidadão a acreditar nas suas teses politicamente defendidas, a arrogância e a mentira não são recomendáveis. Não é admissível converter mentiras em verdades para enganar o cidadão.

Quem não sabe que a independência da assembleia nacional é facto uma farsa! É preciso alertar o cidadão, que o estado de direito democrático, não se constrói com um líder forte com instituições fraquíssimas, dito isso, o cidadão não pôde conceder ao regime o poder de restringir o seu direito à liberdade de ir e vir e de expressão.

Principalmente, o referente ao direito de manifestação e de exercer a sua cidadania com total plenitude. Os direitos constitucionalmente defendidos, não podem de maneira alguma estar à venda. Percebeu-se que a narrativa do comunicado, obedece a uma estratégia definida ao milímetro para silenciar as vozes oposicionistas.

Aliás, a retorica discursiva verificada no comunicado, mostrou um caminho acusador, indicando a UNITA como inimiga do povo, assim, todos que declaram estar contra as manigâncias do MPLA são da UNITA. Se assim for, esses analfabetos funcionais, escolhidos pelo presidente do MPLA João Lourenço, para nos liderar, falaram em cheio no alvo.

O comunicado é de mentiroso, pois, declarar que a assembleia nacional é um poder soberano independente, além de anedótico é o mesmo que convencer que Agostinho Neto não morreu e realmente é um ser político imortal. Debalde.

O linguajar sabujo do comunicado mostra que o MPLA está em vias de ver o seu poder esvair-se de entre os dedos, será a forma mais adequada de ver a sua hegemonia pelo binoculo.

Tem-se ouvido murmúrios a boca cheia, que o porta voz do MPLA, é oportunista lunático e bajulador, sem a mínima condição para comandar a secretaria de comunicação é imagem do comité central do MPLA.

Isso para nem se alongar em divagações analíticas supérfluas em busca de intrigas dilatórias, porém que se ouve de cérebros inseridos na sociedade civil inteligente luandense, é que a aceitação no seio do MPLA de base e de cúpula é zero.

A sociedade em geral não o conhece. Sabe-se apenas que, o Esteves Hilario, é natural do Uige e também conterrâneo do chefe inteligência do MPLA na qual é oficial a longo tempo. Não fosse a sua passagem pelos ecrãs da (TPA), televisão popular de Angola, como comentador bajulador, ninguém falaria nele. Seria e é sim, um ilustre desconhecido!

Dizem as vozes desconte em consonância, que a colocação do senhor doutor Esteves Hilário, como secretário do DIP e porta voz do MPLA, foi antes militante da UNITA, tal como seu pai foi militante e ex deputado do grande partido que é a UNITA.

Esse facto não teria qualquer relevância, caso o doutor Esteves Hilário, não fosse um bajú oportunista, que segundo falatório, ele só é superado pelo cantor Bajú benguelense, Matias Damásio. Pessoalmente não conheço nenhum dos dois bajús. Mas fica aqui registado esses factos.

O MPLA tem cometido uma multidão de inúmeros erros de palmatoria, cuja suas aplicações na prática resultaram sempre negativos. Insistir no mesmo erro vezes sem conta, já não é distração é mesmo burrice. É preciso parar com a experiências negativa de compra de consciências.

Tem que ser lembradas as experiências do passado, quando o partido tornou em seus assalariados os senhores N’Zau Puna, Tony da Costa Fernando, Paulo Tchipilica George Chicote dentre outros, algumas dessas pessoas chegara a ser ministros, embaixadores e até mesmo membros do comité Central.

Quantos anos tinha o doutor esteves Hilário em 1977, quando camaradas nossos foram assassinados aos milhares! Esse senhor onde se encontrava quando conterrâneos seus bakongos, foram chacinadas as centenas na chamada quinta feira sangrenta?

Eu estava lá defendendo os angolanos bakongos. O SINSE, o Fernando Garcia Miala sabe que isso é uma verdade incontornável.

Que autoridade moral tem o senhor doutor Esteves Hilário, para mentir e tentar confundir alguns incautos cidadãos que ainda se encontram adormecidos no sono do tempo?

É preciso respeitar as almas tombadas nesse país pelas mãos do MPLA. Falar é fácil, em Angola o MPLA matou milhares e milhares de pessoas, além de fazer outros tantos milhares de pessoas. Falo dos assassinatos praticados pelo MPLA porque sou desse partido, os da UNITA e FNLA que falem do que aconteceu nas suas hostes.

Voltando ao teor do comunicado, se fosse verdade que a assembleia nacional é de facto e de direito um poder independente, o restante do pacote legislativo autárquico já teria sido aprovado e as eleições teriam acontecido a muito tempo.

O MPLA quer passar seriedade ao cidadão! Então publicite um único pacote relevante de iniciativa da oposição (UNITA), que tenha sido discutida e aprovada pela maioria artificial do MPLA no mandato 2022/2027.

Caso essa demonstração seja verdadeira, acontecer, ajudaria clarificar quem é quem e quem no xadrez político nacional e sobretudo saberemos que fala verdade. Até mesmo a presidente da assembleia nacional doutora Carolina Cerqueira, é uma extensão do presidente do MPLA e depende da vontade explicita do seu presidente.

Os poderes da república, passam são forçados a passar pela afluência no Kremlin, e terminam todos por desaguar na cidade alta. Isso dificulta e se torna um obstáculo para a criação de um verdadeiro estado de direito democrático, baseado no cumprimento estrito da lei e da constituição.

Fale ou faça o que quiser, hoje o MPLA não tem aceitação credível.

Qual o cidadão, que no seu perfeito juízo, depositaria a sua confiança num partido que humilha o povo, que atropela e nega os valores democráticos, não aceita a crítica, e descumpre na sua totalidade as promessas sufragadas eleitoralmente!

A democracia não se compadece com esse tipo de manigâncias obstrutivas, não se constrói um país oprimindo o cidadão. A propagação de propaganda mentirosa não opera o milagre que legitime o infrator das regras de convivência democráticas.

Nos tempos que correm, não é admissível usar a mentira como forma de promover um partido político. Um partido sério não usa a mentira nem se utiliza de fundações para usa-las como arma de arremesso para alcançar objetivos inconfessáveis.

A assembleia nacional, é sim uma coutada do MPLA. Quem não percebeu ainda, que a assembleia é uma extensão da cidade alta! O foco do MPLA deviria ser centrado na sua reabilitação social, democratizar-se internamente e restaurar a sua credibilidade a muito perdida.

O angolano está deveras ressabiado, conhece a verdade e sabe quem é culpado do estado abalável de penúria, fome e miséria que vive. Todos sabem, que o algoz do povo em quase meio século de poder autocrático. Por gentileza, mudem de sinfonia!

O angolano tem ciência que o poder lhe foi ardilosamente roubado. Senão vejamos, quem impôs ao país as agendas da divisão das províncias do Moxico e do Cuando Cubango?

A que pertence a agenda securitária e que objetivos visam? A quem serve o artigo 333 dessa controversa lei contra o vandalismo? Quem ousou dividir precipitadamente a capital Luanda em duas províncias?

Quem aprovou a lei de segurança nacional e contra o vandalismo? Essas leias nunca foram sufragadas, então, qual foi a razão prevalecente para a sua criação, numa altura de total impopularidade do MPLA e do seu chefe!

O artigo 333 da lei controversa lei contra o vandalismo, foi de facto uma arma para conflituar o país e serve apenas para ameaçar e pôr em causa as liberdades do cidadão constitucionalmente defendidas.

Tudo que foi até agora discutido e aprovado na assembleia nacional, foi de iniciativa do poder executivo. Logo, a oposição deveria votar contra.

Votar abstenção, poderá levar a entender erradamente, que existe uma parceira estratégica entre o MPLA e a UNITA que vise reprimir o povo.

É importante que a UNITA se demarque do MPLA, pois, já está claro que o MPLA tudo fara para arrastar a UNITA para as águas turvas, onde certamente acontecerá o seu mais que certo naufrágio político.

É perturbador ver miúdos analfabetos políticos, pessoas inexperientes a acusar de maneira torpe alguns dirigentes do MPLA, da qualidade de Dino Matross e Fernando da Piedade Dias dos Santos Nandó.

Segundo o que se ouve, essa criançada treinada para o efeito, circulam em torno de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao presidente do MPLA João Lourenço. Esses garotos insinuam que os camaradas Dino Matross e Nandó, traem, traíram ou continuam a trair o presidente João Lourenço!

Como é que é?

Desde quando é que um militante está impedido de apoiar um putativo candidato a presidência do MPLA? Por acaso o MPLA é propriedade privada do presidente João Lourenço! Nas redes sociais esses energúmenos acusam ainda o camarada Dino Matross de alimentar o fraccionismo no seio do MPLA! Estranho nê.

Fraccionismo é coisa do MPLA-PT e pertence ao passado. Qual fraccionismo qual quê! Desde quando pensar diferente é fraccionismo? Isso só mostra que o inquilino do Kremlin está amedrontado, atrapalhado e assim tudo lhe corre mal.

Essas insinuações estão maculadas de inverdades provenientes gente mal formada do SINSE e de agitadores próximos de figuras intriguista do kremlin.

Não obstante as diferenças do passado que pesam entre mim e o camarada Nandó, pessoalmente tenho grande apresso na sua pessoa, e vejo nele um peso pesado para concorrer à presidência do MPLA.

Acredito piamente que, havendo eleições múltiplas no MPLA, ele poderá salvar o MPLA da previsível derrocada anunciada. Uma eventual candidatura do camarada Nandó a presidência do partido, ajudaria de sobremaneira a galvanizar a luta política saudável no partido.

Aos militantes do MPLA, que se reveem no meu posicionamento peço contenção e avaliem se vale apena continuar a ver o MPLA como está.

Com uma eventual candidatura do camarada Nandó, tenho plena certeza, que o país, não ficará pior do que está.

A partida expresso total simpatia favorável à sua candidatura, vamos em frente porque atras vem agentes malvados do SINSE. Lutemos sem medo.

De volta ao comunicado do MPLA, afirmo sem medo de errar, que não foi a UNITA que desestabiliza o país. O país está sem guerra há 22 anos, significa que, a degradação da vida dos angolanos é da total responsabilidade do MPLA e do presidente João Lourenço.

Foi o presidente do MPLA, que internou o país social e econômico na (UTI) unidade de terapia intensiva, onde se encontra imedicável da enfermidade de depressão profunda há precisos 7 anos.

Não adianta o bureau político e o grupo parlamentar do MPLA ameaçar gratuitamente a UNITA com o linguajar esdrúxulo, não percam tempo a demonstrar força ameaçadora ao cidadão com discursos bélicos.

Ninguém mais embarca nesse tipo de discursos grotescos e enganosos a moda do MPLA-PT. O que se espera desse partido, é uma atitude democrática aceitável, simplicidade e honestidade. Já é tempo do MPLA calçar as sandálias da humildade.

Se o MPLA venceu as eleições conforme comunicado desse partido, provem e apresentem as actas desagradas não afixadas para consultas dos interessados, e provem onde e como o MPLA venceu o pleito em 2022!

Os autores do comunicado esqueceram-se de aludir, que todo território angolano é governado pelas cores do MPLA há 49 anos sem voto dos munícipes.

Nenhum outro partido governou antes Angola. Isso inviabiliza qualquer possibilidade de o MPLA fazer uso do discurso de vitimização que tentou incrementar no seu comunicado, tentando dividir responsabilidades do desaire da sua governação com a UNITA.

A arrogância cega dos seus dirigentes ajudou a descredibilizar de sobremaneira o discurso político do MPLA, a tal ponto, que o fez recorrer construção de leis idiotas pra conter ameaçadoramente o povo, eles deduziram erradamente, que as ameaças ajudariam a conter o povo. enganaram-se redondamente.

A luta pela alternância o poder político é irreversível, a mudança vai ter que acontecer. Meus senhores, aceitem que dói menos.

Ou então aguardem e verão isso acontecer em replay. O tempo será o grande professor, e o futuro a Deus pertence. Como cristão, acredito que não somos donos da nossa sorte nem do nosso futuro. Aguardemos os próximos capítulos da nossa história futura.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

Rate this item
(0 votes)