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Quinta, 16 Março 2023 21:48

Angola precisa do general Kamalata Numa

Antes das eleições ditas gerais, o mundo angolano envolveu-se à todos os níveis para participar das mesmas e contribuir positivamente para o desfecho. A oposição, por sua vez, teve o apoio da Sociedade Civil, funcionários públicos e privados, Ministério da Defesa, do Interior, Serviço de inteligência e até dos membros do Mpla. O lider da UNITA, foi tido como o mais popular em comparação ao próprio presidente da república.

Fazedores de opinião, dentro e fora de Angola, bloguistas, jornalistas, activistas, trabalharam dia e noite, trazendo notícias políticas actuais da nossa terra, informando com verdade o pacato cidadão, muitas vezes, contrariando as notícias das TPAs1,2,3 e das suas redes de rádio de difusão de informação que infelizmente, continua a desinformar o angolano. Até bloguistas internacionais, jornalistas, analistas internacionais e activistas fizeram comentários frequentes nas redes sociais sobre Angola, apoiando a luta da oposição e torcendo por novos ventos.  E o que fez a oposição diante do apoio do povo? Dormiu a sombra da bananeira. Os políticos da Frente Patriótica Unida diziam que estava tudo ganho; com fraude ou sem fraude a FPU venceria.  Estavam todos formatados assim. Sempre que falassem nos órgãos de comunicação pública ou privada e até nas redes sociais, mostravam que estava ganho; era como se tivessem um plano B. Infelizmente, não tinham.

O Senhor Adalberto da Costa Júnior dizia ao longo do ano passado, que a UNITA não iria engolir sapos; disse-o várias vezes em todas as deslocações que foi fazendo no interior de Angola, como no litoral… O que vimos ao longo das publicações dos resultados eleitorais? Uma UNITA sem força nem garra intelectual e de ação para se impor contra um MPLA desfalcado, dividido, sem popularidade. O Senhor Adalberto da Costa Júnior, não só engoliu sapos, como foi obrigado a beber  toda água do rio. Isaias Samakuva, engoliu um  sapo, enquanto que o Senhor Adalberto da Costa Junior e o Sr. Abel “engoliram o rio”. Que terrível! Tiveram tudo para vencer, tudo. Mas no final de tudo, perderam e lhes foi imposto o projecto perdidor, quando o Lider da oposição podia convocar manifestação a tempo indeterminado para se repor a legalidade dos factos eleitorais. A pressão interna e internacional, traria uma reviravolta na  política em desuso de Angola.  

Todos os argumentos apresentados como desculpas por Ele e  pelo Senhor Abel Chivukuvuku foram para o Boi dormir porquanto a situação que o povo vive hoje, é também culpa Deles. A desculpa de que ascultaram as associações da sociedade civil, igrejas e outros núcleos e esses decidiram a não se manifestar mesmo quando o povo já estava na rua, esperando apenas de um suporte dos políticos, ainda assim, não colhe. Repensem as vossas estratégias se quiserem ser poder porque se não sereis eternamente oposição; e se surgir um novo Líder, fora das vossas organizações, com determinação, popularidade, carismático e todas outras condições? A UNITA poderá ser esquecida. A política è dinámica. Os estáticos desaparecem ou ficam renegados para os últimos lugares.

 Seria possível mudar o quadro se o Senhor Adalberto soubesse ouvir o grito dos milhões de angolanos que clamaram por ajuda nos dias pós eleitoral e que lutam, todos os dias, para sobreviver; se o Senhor Adalberto quisesse, talvez nao sairiam muitos angolanos para o exterior, talvez morreriam poucos angolanos, talvez os angolanos teriam um pequeno subsídio de alimentação. Os Líderes na oposição são parte da culpa do sofrimento dos angolanos porque o povo sempre esteve com Eles e apenas pediu que os liderasse naquela fase controversa; quantos angolanos morrem por dia por falta de comida, de água tratada, por falta de medicamento, emprego, habitação? Muitos. Não seria laudativo se se lutasse pela democracia verdadeira e próspera, onde cada cidadão pudesse organizar sua vida com dignidade em vez de ser mendigo e morrer todos os dias por falta de coisas mínimas? Se não consegue liderar um povo, logo não è digno de sua confiança.

A oposição  nunca teve estratégias para inverter o cenário político apodrecido do Mpla que fará quarenta e oito anos. O Mpla está desgastado até aos dentes e se surgir no seio do próprio movimento popular de libertação de Angola um corajoso, determinado, com dinheiro e garra político-intelectual-militar, Angola poderá despertar para uma nova história política. Se será boa ou não a governação, não saberia, mas o tempo encarregar-se-ia a dar respostas da tal realidade caso se materialize. .  

Angola precisa de novos actores políticos, comprometidos com bem comum a todos os níveis. Isto significa que esses actores têm de ser competentes; isto è, devem ter a capacidade de liderar um povo que nada tem a perder.

Fora do Mpla, o homem com tais habilidades, chama-se Kamalata Numa.

Kamalata Numa é a pessoa  certa para Angola que se quer mudar . Para uma nova Angola, longe do Mpla e de todas as suas artemanhas, somente Kamalata Numa teria coragem.  Numa, é destemido, frontal, lider e inteligente para repor a legalidade democrática em Angola. Ė dotado de coragem acima da média pela esperiência do passado recente que viveu, aquando das suas responsabilidades enquanto Militar, enquanto General.  Para as eleições de 2027 se a oposição quiser  vencer, terá  de colocar no leme o Senhor Kamalata Numa que a meu ver, seria de poucas palavras, mas de muita ação e talvez seria um começo de uma nova Angola. De outra forma, o Mpla vencerá sempre às próximas eleições mesmo com as crises internas que vivem.

Por: Talangongo Okola 

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