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Segunda, 09 Janeiro 2023 11:17

Angola em movimento de rotura

A política constrói-se de narrativas funcionais, que estabelecem entre si, os fundamentos de uma boa governação. Três são os indicadores para o êxito de uma boa governação. São eles os seguintes: 1- CREDIBILIDADE, 2- PREVISIBILIDADE e 3- ESTABILIDADE. Não se trata aqui de simples chavões corporativos inoperáveis.

Tratam-se de ajustáveis equilibradores que ajustam a pratica da boa governação.

Verificáveis apenas nas economias prosperas no mundo civilizado, onde as políticas públicas não se desconectam da realidade econômica, nem a maldade de tiranos, se sobpõem a necessária alteração da mudança de paradigmas.

Angola é prisioneira de um pequeníssimo clã, criado e alimentado de ideologias perversas, erigidas por um reduzido grupo de pensadores elitistas, que disseminam princípios discricionários de políticas retrogradas.

Ao longo dos duríssimos 47 anos após a independência, os angolanos têm-se deparado com um presidente da república, adversário da democracia e igualmente inimigo do estado republicano.

O mais perturbador é ver um presidente da república ilegítimo, constituído ao arrepio da vontade popular, arrogante e embriagado pelo poder.

De uma vez por todas, importa que se retire a carta magna (constituição) das prateleiras frias bolorentas, e dos discursos sépticos e vazios.

Quais os motivos que levam o mais alto magistrado do país, desejar tanto impor aos angolanos uma guerra civil fratircida, João Lourenço, e o seu oficial general de campo Francisco Furtado têm vindo sistematicamente a pregar a guerra com discursos embutidos!

Apesar de ser percebível perceber que o real motivo está objetivamente ligado ao medo que o aterroriza com a mais que provável realização das eleições autárquicas.

Em suma, está-se perante um presidente da república acuado, que arrasta com os seus medos toda sociedade para uma viagem rumo ao desconhecido abismo, sem retorno previsível.

A ansiedade tomou conta da sociedade, que vive em estado de choque permanente. Como aceitar que um general leve no focinho de um jovem contestatário angolano residente no Brasil?

Pior ainda, quão deselegante e saber-se, que o seu chefe general, que também é partidário do dar no focinho, acusa deselegantemente a UNITA a partir de Luanda, de ser ela a percursora moral do acontecido em Brasília!

Se não se tratasse de um assunto gravíssimo, essa mensurada mentira, serviria para gargalhar de grossas risadas.

Vistas as coisas por esse prisma, então o delegado da polícia brasileira, que prendeu o general brigadeiro carateca, também é militante da UNITA infiltrado na polícia brasileira! Debalde.

Em Malanje, por exemplo, os sobas desavindos com as práticas diversionistas do governador do MPLA, ao rejeitarem ser corrompidos e também comprados com bicicletas e fardos de roupa velha, foram igualmente acusados de pertencer a UNITA.

Nos tempos que correm, ser da UNITA, é um privilégio de todo angolano que não se revê na corrosiva corrupção do regime do MPLA. Camaradas, isso é Angola em movimento.

Como aceitar que as filhas do falecido líder do MPLA e do país, continuem perseguidas, e a pagar caro, por ousarem dizer não ao tirano angolano, afinal, só a família do ex presidente JES, têm culpa no cartório? E nós? Não temos culpa nenhuma do que se passou no país?

E a família do próprio ditador João Lourenço, são inocentes? Não roubaram nada? A herança deles veio da família dele do Lobito/Benguela, e da família dias de Cabo-verde? Ora façam-nos o favor...

Por outro lado, o conflito angolano não é militar, a conflitualidade é geracional reside no roubo do erário público nacional, agravado pela forma autoritária de governar o país

O exercício do poder político fora relegado ao esquecimento, em sua substituição, foram chamadas as forças castrenses, as secretas e a polícia nacional, a ocupar o espaço vazio deixado.

As forças armadas e as secretas e polícia nacional, não poder, são apenas instituições do estado angolano, os poderes independentes são três, o legislativo, executivo e judiciário.

O estado democrático e de direito, é uma pretensão em construção, significa que o país, não foi constitucionalmente pensado como uma ditadura que se converteu num estado de polícia em ascensão.

Humanamente falando, não é aceitável que o presidente continue a flertar com o fascismo, fica cada vez mais difícil conviver com João Lourenço na presidência da república.

O quadro pitoresco presente, demonstra que o governo só tem duas únicas saídas, ou o presidente da república muda de vida e o país ganha, ou os angolanos mudam de presidente.

A hipocrisia e a soberba atingiram o seu auge, jovens e idôneos estão com força máxima em manifestações contra o regime em Angola, e noutras partes do planeta, onde operam as democracias representativas.

O regime perdeu o pulso da situação, a qualquer momento o poder pôde escorregar-lhes dentre os dedos. o presidente está a sofrer grave rejeição até do exterior.

Mesmo com o prestimoso apoio de empresas lobistas, pagas a peso de ouro, João Lourenço não consegue reverter a sua rejeição e impopularidade cada vez mais crescente o resultado final é vexatório.

Não é entendível, porque razão o presidente continua com o mesmo staff que tanto o descredibiliza, essas interpostas pessoas não estão com ele para somar, mas sim para se servirem do momento para enriquecer.

Por exemplo, o chefe da casa militar não é pessoa intelectualmente polida, menos ainda preparada para cargos ministeriais.

Outro exemplo é o do director do seu gabinete, um comprovado ladrão, mas permanece incólume, dentro do gabinete do presidente. Há outros tantos gatunos e oportunistas corruptos protegidos, como o ladrão Ricardo Viegas de Abreu.

Afinal, que motivos estão por baixo, que fazem o presidente da república manter em lugares cimeiros do governo, essa manada de incompetentes rejeitada pela maioria esmagadora da sociedade?

Num momento em que se assiste a sociedade civil mobilizada contra os desmandos praticados pela administração da TAAG, preenchida de estrangeiros brancos, comandados pelo PCE estrangeiro espanhol-colombiano.

Esse pessoal, além de receberem salários faraônicos, vieram a convite do ministro de tutela, para sucatear a frota de aviões novos da TAAG, como está a acontecer. E o presidente finge que não é nada com ele ou que nada sabe.

Os problemas sociais e econômicos têm causado anomalias calamitosas varias, não se trata de questões triviais, são problemas gravíssimos e transversais, que carecem de soluções rápidas. Esses problemas econômicos, não se resolvem com mentiras enganosas divulgadas nas Mídias estatizadas do MPLA.

É importante que se realize o país, que teima em não acontecer. De facto, as assimetrias existentes, são de todo desqualificáveis e prejudicam a crescimento que Angola necessita.

O país vive desencontrado, a fome grassa, as perseguições, torturas e prisões arbitrárias são uma constante, a polícia nacional está completamente desnorteada e tornou-se deveras violenta e assassina.

A ignorância transformou-se na maior multinacional do regime, chegando a atingir fortemente a imagem do presidente da república, que por si já se encontra completamente desgastada, pela força do roubo eleitoral.

Faz-se por isso necessário repor com urgência a verdade eleitoral no país e no exterior, para que todos juntos construamos uma Angola uma, democrática, pluralista e generosa para seus filhos.

Por outro lado, os poderes exacerbados do presidente têm que ser diminuídos, a governação tem que ser de todo fiscalizada, não se pôde continuar com o poder judiciário e o ministério público atrelados ao chefe do executivo.

Fica deveras inestendível, os motivos que movem João Lourenço e seu séquito de bajuladores perseguir a engenheira Isabel dos Santos e sua irmã Tchizé dos Santos e a manter prisioneiro o filho varão de JES Filomeno dos Santos (Zenú!

Já é hora de o chefe do regime sacudir a poeira e dar volta por cima. Pois, o cidadão não acredita minimamente nos sucessivos comunicados ameaçadores saídos do laboratório das secretas, sito na cidade alta.

O país está humanamente cansado das tropelias nocivas do presidente, caso João Lourenço, não consiga dar conta da governação, que peça para sair, e se vá embora, nós os cidadãos desse país agradecemos e deixamo-lo ir embora rapidamente, e prometa ao soberano ficar quietinho.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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