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Quarta, 15 Julho 2020 22:52

Angola: Do paraíso ao inferno – como os políticos angolanos matam gerações

No seu governo o terror tornou – se bem-vindo, há quem perdeu a conta de tanto contar o número de episódios calamitosos que marcam a era de João Lourenço, é líquido afirmarmos que estamos na pior era da história de Angola desde que a qual surgiu como nação.

João Lourenço prometeu a mudança do País, mas trouxe ao País um inferno gratuito que à todos afecta, até parece que convidou o Diabo a ajudá – lo a governar Angola. Há demasiado sofrimento do povo angolano na era de João Lourenço, o famoso combate à corrupção foi um verdadeiro “jogo político” que serviu simplesmente para vingar – se do passado, enquanto isso, corruptos como Manuel Vicente, Álvaro Sobrinho e tantos outros que são o factor chave para a crise económica que hoje assola o País, avolumaram – se nos círculos cimeiros do Presidente da República.

O combate à corrupção é uma verdadeira fachada, conhece rostos certeiros para atingir, enquanto desconhece de amigos, é completamente imparcial, não dá credibilidade aos órgãos de justiça angolana. Tal combate à corrupção vê – se mais como um verdadeiro espírito de satisfação do ódio e da vingança contra o passado que um verdadeiro acto patriótico que tenha habilidade de mudar o curso natural dos factos em Angola. A corrupção continua em pé, de pedra e cal, inamovível e sem ferrugem, no consulado de João Lourenço.

A corrupção na era de JLO verifica – se nos actos de suborno ao aparelho do Estado com superfaturamento das actividades do Governo, a exemplo, a remoção de uma grua realizada em menos de duas horas, retirou dos cofres do Estado angolano 50 milhões de kzs. O País, ao que se diz, não tem dinheiro mas, o Governo (é claro nós), com autorização do Chefe, gastará USD 44.731.750,00 para a empreitada de construção do edifício da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e do Centro de Escrutínio Nacional.

Cláudio da Piedade Dias dos Santos (filho de Nando) é proprietário de empresas ligadas ao ramo da construção civil, e, também de dívidas a bancos que terão lesado ao Estado angolano em quase cem milhões de dólares, porém, nada sobre ele se sabe, ou seja, JLO nem sequer quer saber deste assunto. Só para a produção do famoso boneco Gegê o executivo de JLO gasta 47.038.897,00Kzs.

A construção de uma suíte presidencial no Governo de Cunene custou dos cofres do Estado cerca de 120 milhões de kzs, mais que uma edifício em Berlim. Muitos dos seus ministros envolveram – se em avultados escândalos de corrupção, se Edeltrudes recentemente era acusado de ter 21 milhões de USD em sua conta no BAI sem justificação, mais uma vez foi apontado o dedo indicador à Manuel Paulo da Cunha por ter recebido do Estado angolano por meio do BFA  U$250 mil.

Há relatos segundo os quais, o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) registou prejuízos de 384,212 milhões USD em 2017, porém, não há dúvidas de que a corrupção tenha sido um dos efeitos directos sobre tal avultada perda. As gralhas técnicas andam de mãos dadas com o Governo de JLO, por isso, há muito que conta.

Com uma crise económica avassaladora, o homem tão protegido por JLO comprou uma mansão avaliada em mais de 16 Milhões de Dólares no Dubai. O nepotismo, amiguismo, peculato e branqueamento de capitais,m continuam a fazer a tónica no Governo de JLO, a gesto de exemplo o actual PCA da Sonangol havia indicado a sua filha Eunice para ocupar o cargo de PCA do BFA, mas as reclamações populares fizeram – lo recuar na intenção tendo colocado de longe tal intento, mas o nepotismo não pára por aqui, vai desde os órgãos da presidência da República aos ministérios, destes aos Governos Provinciais, embaixadas, veja o que terá ocorrido com a entrada da nova embaixadora na Alemanha, a embaixadora demitiu uma turma de ex – funcionários da embaixada angolana na Alemanha para empregar os seus familiares neste lugar, é tanta corrupção que deixa a desejar no Governo de JLO.

O povo angolano acelerou o seu espaço miserável que sempre lhe circundou, resta – lhe agora apenas o lixo e o sofrimento, como os únicos recursos de subsistência, ao povo angolano, nada lhes é dado de melhor, senão o esquecimento e o abandono gratuitos. Vale ressaltar que, o povo ficou órfão do esquecimento de um Estado que só os precisa para votar nas eleições.

O povo angolano hoje sofre muito mais que na era colonial, de realçar que nem sequer na era de Neto, tal povo terá visto sua vida à ser colocada no avesso quanto hoje é forçado à ver. Angola caminha num desastre terrível, a vida do povo angolano está cada dia pior, não há nada que se vê a melhorar, desde que JLO chegou à presidência. O famoso combate à corrupção serviu mais para construir um novo ninho de marimbondos nascidos na era de João Lourenço e destruir o ninho de marimbondos da era passada. Na verdade é uma ideologia maquiavélica, destruir para reconstruir (…).

A própria organização do MPLA encontra – se totalmente desunida, fruto de uma política anti – unidade que não plasma pela solidez do Partido. A ideia de Lourenço sobre a unificação do MPLA, de facto, não contempla a necessidade de um movimento verdadeiramente unido, capaz de orientar a sociedade angolana e ajudá – la a libertar – se da terrível crise económica. A falta de moral para tal, nasce no movimento em que Lourenço é o Chefe máximo, acentua – se no povo, e os torna definitivamente apáticos, acríticos, biopáticos e submissos. Para João Lourenço a estabilidade económica passa antes de tudo pela instauração de uma perseguição ao seu antecessor, com maior realce à primogênita, com uma lei que vale apenas aos seus inimigos, enquanto isso, os seus amigos são servidos com todos os detalhes num banquete que chama – se Angola.

Quer isto dizer que, João Lourenço matou à nascença qualquer sinal de mudança, ao transformar o combate à corrupção numa verdadeira luta de interesses que lhe são confessos, dirigindo – se apenas ao ex – Presidente, enquanto isso, amontoou no seu governo uma ordem de vária dimensão composta por corruptos e dilapidadores do dinheiro do Estado. Mas o que João Lourenço dá ao povo, é apenas a miséria, o luto e a dor. Nada para além disso, JLO sabe dar ao povo, nem sequer um milagre leva – o à cumprir a promessa dos 500 mil empregos. É verdade que houve corrupção na era de JES, mas as pessoas não morriam à fome quanto morrem a fome hoje. Hoje há corrupção, mas não há dinheiro, nem comida para o povo sofredor - mor.

Por Amadeu Baltazar Rafael

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