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Quarta, 20 Mai 2020 19:39

Pedi ao Papa Francisco para orar e aconselhar os dirigentes angolanos

Papa Francisco é uma figura carismática, simples e humilde, a sua amabilidade e devoção aos serviços da igreja e da sociedade em geral, é caracterizada por um conjunto de afecto, espiritualidade, projectos, vocação e entrega total aos cristãos do Mundo inteiro e ajuda aos pobres, aos desamparados, aos órfãos e às viúvas.

Na breve conversa que tive com Sua Santidade, uma das primeiras coisas que o pedi, foi, que Ele orasse a favor dos dirigentes angolanos, visto que os nossos políticos são cabeça dura, e têm a mentalidade completamente viradas à corrupção e aos desvios do património  público, pensei que as orações do Santo Padre causariam um efeito positivo na governação angolana, mas a situação piorou, o pobre continua cada vez mais pobre e o rico corrupto continua cada vez mais corrupto.

Sinto que os dirigentes angolanos já não têm cura, estive umas três vezes com o Papa, e todas as vezes o pedi que aconselhasse e orasse a favor dos nossos políticos, mas isso é uma missão impossível, a miséria no País continua, a fome continua, a malária continua, cidadãos continuam comendo no lixo, tantas mil pessoas morrem por dia por má nutrição e epidemias, o dinheiro do petróleo continua sendo desviado e roubado, as nossas embaixadas e consulados continuam trabalhando pessimamente mal, a população no País continua no desemprego, os 500 mil empregos tornou-se uma grande ilusão e fantasia, a cesta básica é inimigo comum do cidadão e o governo é o “monstro” mais assustador da desgraça de todo o povo angolano.

Ainda este ano, marcarei novamente presença ao Vaticano, perguntarei ao Papa Francisco se no passado dia 12 e 13 de Novembro de 2019, quando João Lourenço esteve em Roma, se chegou a aconselhá-lo juntamente os seus auxiliares e conselheiros, visto que o Presidente esteve com o Papa, e de regra geral o Santo Padre pede aos líderes mundiais, boa conduta nas suas funções político-administrativas, infelizmente Angola vai de mal a pior.

Os nossos dirigentes carecem de prudência e ética política, não nasceram pra governar, insistem estar numa posição maior que eles mesmos, monopolizaram o poder do Estado, partidarizaram o Estado, fazem tudo à sua maneira, não ouvem conselhos nem por parte da sociedade civil muito menos por parte dos partidos da oposição, contraem dívidas o tempo todo, em troca de petróleo e outros recursos naturais do Estado.

Governar é realizar as necessidades e as expectativas dos cidadãos de um País, é ser capaz de pôr em prática os projectos traçados pelo governo, é saber ouvir e tomar decisões de forma inclusiva com a participação de todas as forças políticas, governar é ter ideias e projectos claros e concretos, governar é sobretudo mostrar resultados a favor dos cidadãos.

O poder político não é propriedade privada de alguém, a soberania desse poder pertence exclusividade ao povo, não aos políticos, não aos grupos de interesses, lobbies, multinacionais ou banqueiros, mas sim aos cidadãos de uma Nação.

Os dirigentes angolanos estão longe de mudar, a política não tem nada haver com oração, mas tinha pedido orações ao Papa a favor do Presidente, dos seus auxiliares e conselheiros, mas todas as orações não funcionaram, o nosso governo é “anti oração”, “anti organização”, “anti saúde ao povo” e “anti Administração do Estado”, não conseguem fazer nada com “perfeição”, porque tudo neles gira em volta da corrupção.

Um político é um servidor público, é um funcionário do Estado, ele está aí para organizar e administrar com competência, eficácia e eficiência os projectos público-sociais e institucionais. A função principal de um político é cumprir e dar execução ao programa do governo, uma vez terminado o seu mandato o povo decide se ele deve continuar ou não, se trabalhou bem poderá ser reeleito, caso o contrário se escolherá um outro para digerir os destinos do País, assim funciona a política.

Os dirigentes angolanos nem com oração é possível tomarem uma nova conduta para a organização do País, o Papa Francisco orou por eles e não deu em nada, eu também orei e não deu em nada, o povo orou e continua orando mas até aqui nada mudou, os nossos governantes são “anti tudo”, anti oração e “anti política” sobre a boa gestão do Estado.

A incompetência é uma das principais características do governo angolano.

Por Leonardo Quarenta

Doutorando em Direito Constitucional e Internacional

Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia

Mestrado em Direito Constitucional Comparado

Master em Direito Administrativo

Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais

Master em Jurista Internacional de Empresas

Master em Management das Empresas Sociais.

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