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Quinta, 26 Dezembro 2019 20:23

A corrupção é um câncer incurável em Angola, JLo só tem olhos sobre o Clã dos Santos

A vingança e a perseguição moram juntas. São gemias, e passam pelo mesmo caminho. Parecem não terem perdido a fé, ambas continuam a alimentar – se da alegria e da paz da família dos Santos, até deixá – la completamente anémica e destroçada. Transformaram a trajectória de um grande Patriota num conto de fadas, ou mesmo numa anedota desleal.

O País continua a ler as páginas da maldição levantada por João Lourenço contra toda estirpe eduardista. Agora, está claro que, Lourenço roga toda praga contra os dos Santos, e, que a perseguição já não é só questão de cumprimento de agenda política, é mesmo um acto sério. Félix Tshisekedi presidente da RDC trocou de moeda no Congo, e, colocou na nova moeda nacional a imagem de Joseph Kabila ao seu lado. Como representação de uma verdadeira unidade nacional no Congo Kinshasa, expressando haver espírito de perdão entre ambos os parceiros de arma e trincheira. Porém, Lourenço foi atacado por uma doença que não o larga chamada raiva e vingança e raiva, de tal modo que, nada lhe passa na cabeça à respeito de um acto bom executado por Eduardo dos Santos enquanto presidente, colocou de longe Eduardo dos Santos da moeda nacional. JLO esqueceu – se dos feitos de Eduardo dos Santos, talvez o esquecimento tenha passado um apagador suave para nada se lembrar a respeito de Eduardo dos Santos.

João Lourenço não se rende à paz, nem sequer à unidade do Partido (MPLA), sabe – se que, ele (JLO) ganhará as eleições de 2002, porém, a hegemonia parlamentar será tomada pela oposição, uma vez que a insatisfação em relação ao seu governo tomou o âmbito do povo aos nossos dias. Ninguém mais quer o MPLA no poder. Se ganhar é apenas a custa de um milagre de JLO, porque se for pelo MPLA, este já perdeu desde que JLO consagrou a guerra aos eduardista. JLO deu destino de derrota ao regime, e o dia que for afastado da Presidência do MPLA perderá as eleições, porém, será difícil esse elefante (MPLA) voltar um dia a se levantar, levarão décadas para tal se tornar num facto. Hoje com JLO o angolano faz da miséria a única forma de vida para a sua subsistência. 

JLO continua agarrado à vingança como se esta fosse a única forma de governar Angola. A vingança continua com o mesmo sabor do ontem, embora perdesse algumas propriedades químicas em virtude de dois anos passados. A guisa da vingança está apetitosa aos lourencistas, com a mesma intensidade do princípio. Com relação a questão Zeno dos Santos, os mitos volvem – se em acção. Nem à binóculo se sabe perceber os “porquês” que o íman da perseguição atraiu João Lourenço à lançar Zeno dos Santos na lama como se javali fosse. Lourenço botou – se de cabeça erguida contra o corpo de Zeno dos Santos. A verdade não criou bolor, não está estragada, ela permanece até então, em pé, de pedra e cal, inamovível e sem ferrugem. Zeno dos Santos foi esposo da sobrinha de João Lourenço, Mayra Isungi dos Santos, filha da prima – irmã de JLO (Edith do Sacramento Gonçalves Lourenço), esposa de Miguel Ventura Catraio, pelo que se sabe, Zeno dos Santos terá perdido o vínculo conjugal a sujeita supracitada, tendo – se, desde logo, atirado à uma nova relação conjugal. Não obstante, não parece ser desta narração que a vingança terá parido ratos à cheiro podre numa montanha escondida, porque o parto da vingança não foi tão difícil assim quanto se pensa. 

Solto os cães, a vingança ataca à todos quanto prestaram fidelidade à Eduardo dos Santos, só não acredita quem não quer. Lourenço vinga – se contra o mestre (JES) que o escolheu e acolheu na Presidência do MPLA para o substituir. Na verdade, JLO não alimentou nenhuma índole de afectividade com JES, por razões claras, todas elas ligadas à um vínculo afectivo que JES guardava desde a era do fraccionismo com Ana Dias Lourenço, tempo antes de JLO ser esposo de Ana Dias Lourenço. Parece também supérfluo que a questão afectiva o tenha conduzido à uma ira da dimensão de um oceano contra a família dos Santos, a ponto de ter perdido toda sua caminhada enquanto Presidente da República para dedicar – se plenamente na perseguição e destruição ao clã dos Santos. João Lourenço detém o seu magro tempo de governação em denegrir, invalidar, sujar, e depreciar o clã dos Santos. A verdade anda nua e não carece de óculos para ser vista a olho nu por todos.

João Lourenço, alimenta um temperamento de vingança face ao que terá vivido no passado no seio do MPLA. Desde logo, ao longo de décadas engoliu muitos sapos no Partido, e, agora, chegou a sua vez de pagar com a mesma mão que recebeu as palmadas. O pior de tudo é que, JLO quer invalidar a família dos Santos de forma tal que o clã dos Santos nunca mais almeja o poder em Angola. A raiva de JLO jorra como água de um rio, e, neste instante, a mesma raiva não perdeu o rumo, corre atrás do filho varão querendo – o trazer no banco dos réus para torná – lo num prisioneiro. A exemplo disso, está a perseguição à filha primogénita de Eduardo dos Santos e por fim, a maior lenda guerreira do clã dos Santos (Tchizé dos Santos) que assemelha – se a N”jinga M”bandi, que iniciou a sua militância no MPLA quando a idade infantil estava sobre o seu comando, seguiu toda uma trajectória política brilhante no MPLA, desde a OPA à JMPLA, e, desta última à OMA, tendo sida eleita membro do CC, coisa que JLO odeia, e, já a retirou do CC do MPLA.

O medo do clã dos Santos faz de JLO num homem tomado por vultos sobre um futuro desconhecido à enfrentar. Quando abre as portas da história encontra uma família denominada Bush dos EUA que passou a mesma trajectória política, onde a sorte tomou a família na sucessão presidencial daquele distante País; de avôs à netos, e, de netos à diante, tomaram – se por presidentes, como dizem as evidências de George W. Bush à George H. W. Bush. Ao atacar a filha empresária (Isabel dos Santos) pretende calar a boca do clã dos Santos para sempre no mundo económico, e, permitir que a fraqueza económica corroa as entranhas desta família até deixá – la completamente degastada, de tal modo que, a mesma família, aos poucos se vai apagando na face da terra. Lourenço é assíduo em combater Isabel dos Santos, não pelo facto da sua riqueza requerer uma propagada interrogação sobre sua origem e os fundos que à construíram, porém, pelo facto de ser essa a mãe dos dos Santos, a que alimenta a esperança do clã dos Santos de alguma certeza enquanto futuro. Isabel não é a mais rica em Angola entre os homens e mulheres, nem sequer a segunda mais rica em Angola, porque o primeiro mais rico em Angola é Manuel Vicente, a lista é enorme, e Isabel está em terceiro lugar dos mais ricos em Angola. Se ela possuí uma riqueza 2,3 mil milhões de USD segundo a Forbes. Manuel Vicente é um rico à dimensão dos maiores ricos do mundo, é mais rico que a própria nação angolana, possuí uma riqueza orçada em 60 mil milhões de dólares, coisa que nem Isabel, nem Kopelipa pussuem, ambas as personalidades aparecem respectivamente depois de Manuel Vicente como o pai de todos os ricos angolanos.

A lista de ricos em Angola é vasta demais engloba várias personalidades, e estas enriqueceram todas à custa dos fundos públicos roubados no estado angolano, citam – se personalidades que possuem mais de cem milhões de USD como Lopo do Nascimento, José Leitão, Elisio de Figueiredo, Higino Carneiro, Helder Vieira Dias (Kopelipa), António Mosquito, Sebastião Lavrador, José Severino, Joaquim David, Manuel Vicente, Abilio Sianga, Mário Palhares, Isabel dos Santos, Aguinaldo Jaime, França Ndalu, Amaro Taty, Noé Baltazar, Desidério Costa. Os que possuem menos de cem milhões de dólares fazem a lista personalidades como João Lourenço, Isaac dos Anjos, Faustino Muteka, António Vandúnem, Dumilde Rangel, Salomão Xirimbimbi, Jardim, Dino Matross, Álvaro Carneiro, Flávio Fernandes, Fernando Miala, Armindo César, Ramos da Cruz, Gomes Maiato, João E. dos Santos, Gonçalves Muandumba, Aníbal Rocha, Ludy Kissassunda, Luiz Paulino dos Santos, Paulo Kassoma, Rui Santos, Mário António, Silva Neto, Júlio Bessa, Paixão Franco, Mello Xavier, Kundi-Payhama, Ismael Diogo, Maria Mambo Café, Augusto Tomás, Generoso de Almeida, General Luiz Faceira, Cirilo de Sá, Adolfo Razoilo, Simão Júnior, Carlos Feijó, General Armando da Cruz Neto, Fernando Borges, etc. No entanto, não se percebe porque os dos Santos são os únicos à prestarem contas com a justiça, se todos esses multimilionários que em Angola existem fizeram as suas riquezas com fundos surripiados no Estado angolano. Segundo o relatório realizado pela New World Wealth, Angola possui cerca de 320 multimilionários e correspondia, na era eduardista, ao sexto País em África onde havia mais riqueza per capita. Porém, o dedo indicador de João Lourenço aponta apenas em Eduardo dos Santos e sua clã como sendo os únicos ricos em Angola, injustiça tal que até o diabo admira. 

Recentemente o jornal espanhol OKDiario fez uma denúncia arquejante da corrupção em Angola, porém a PGR mantém – se possuída de silêncio, não reagiu a nada que se tenha citado, desde logo. O jornal espanho, citou num artigo de pesquisa jornalística que funcionários do Tribunal de Contas de Angola foram subornados com mais de dois milhões de dólares. Tal facto, terá sido realizado pela empresa espanhora Mercasa. Essa mesma empresa terá dirigido cerca de 20 milhões de dólares à subornos em diversas personalidades angolanas, nas quais, se pretendia almejar um contrato de 533 milhões de dólares, cujo fim visava construir um mercado de abastecimento em Luanda. O ex – Ministro das Finanças Manuel da Cruz Neto, fez parte dos integrantes desta derrocada de corrupção. O luso – angolano denominado Guilherme Tavaires Pinto tomou conta deste plano tendo caído em sua posse perto de 17,5 milhões de dólares. Taveira Pinto, um dos alvos da justiça espanhola há anos, foi quem mechia as pinças para manejar toda operação de corrupção citada neste jornal. Sob risco de ser preso, enviou em 2016, no dia 16 de Fevereiro um e – mail a um dirigente da Mercasa com cálculos de comissões ilegais, visando anular o processo judicia que estava a ser levantado pelo TC de Angola, cujo o fim desse e – mail, era o de subornar os funcionários do TC em Angola para calar para sempre a boca da justiça angolana. Esse e – mail, enunciava o pagamento de perto de 2 milhões de dólares a membros do TC em Angola, com o intuito de pararem de fazer a investigação por corrupção na qual a Mercasa estava envolvida. Porém, a polícia espanhola, não dormiu, lançou o seu ouvido na escuta telefónica à conversas entre membros directores da Mercasa e os dirigentes angolanos envolvido nesse processo assombroso. Entre os envolvidos estão personalidades como José Pedro de Morais ex – Ministro das Finanças, que terá recebido 320 mil dólares, o ex – vice Ministro do Comércio (Manuel da Cruz Neto) que terá recebido 200 mil dólares, o ex – acessor económico Archer Mangueira que terá recebido 150 mil dólares, António Gomes Furtado na mesma dimensão terá recebido perto de 150 mil dólares, o ex – director nacional do Comércio Gomes Cardoso terá recebido 100 mil dólares, o ex – acessor do comércio Videira Pedro terá ficado com a fatia mais pequena do bolo, apenas 50 mil dólares foram atirados aos seus bolsos. Pedro Leitão beneficiou com uma boa fatia do bolo perto de 100 mil dólares, depositados por transferência por Teveira Pinto através do Banco Comercial Português ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (FUNDOR). João Lourenço tapou os olhos para olhar em toda magnitude da corrupção que tenha sido parida no solo angolano, cujo parto não foi sequer difícil. Interessa à Lourenço algemar o clã dos Santos e lançá – lo na masmorra. O olho direito de Lourenço esqueceu – se de que Kundy Payama e a ex – Ministra para Acção Social, estão mortos, não são encontrados, nem sequer achado no mundo dos vivos. Desde logo, questiona – se a problemática dos crimes que envolvem Aguinaldo Jaime e Manuel Gonçalves que a justiça angolana amnistiou – nos ao todo, ficaram imunes de qualquer processo infeccioso que tenha sido disseminado pela justiça angolana.

João Lourenço já perdeu – se na caminhada governativa, mudou de foco, de resolver os problemas do povo à piorar os problemas do povo. Tornou o País num verdadeiro canteiro de problemas sociais e económicos, numa expressão mais elevada do sofrimento do povo angolano. Em 44 anos de independência, Angola nunca passou por momentos tão difíceis do ponto de vista económico e social quanto os actuais. Neste momento, Angola vive aquilo a que se chama a tempestade perfeita, ou seja, a combinação de várias adversidades: à profunda crise económica, provocada não apenas pela queda do preço do petróleo, junta-se a seca, que está a dizimar pessoas e animais no sul do país. Debalde seria, se apesar das circunstâncias que hoje o país vive, nos esquecêssemos desta grave tragédia imposta pela justiça vingativa de JLO. Uma justiça irónica que assola as profundezas da nação angolana, que nada mais torna ao Estado angolano, senão mesmo num Estado de vingadores, sem identidade justa, vestindo o povo de raiva desmedida pelo próprio MPLA. Transformando o MPLA de força para a nação angolana à fracasso tenebroso para a nação.

Na verdade a destruição do império eduardista, parte da análise mediante a qual para Lourenço se a ideia da globalização, é tão antiga quanto a própria humanidade, o que a história tem por expressar, traduz – se num fenómeno cuja origem advém das guerras de conquista da antiguidade, e da idade média, evoluiu para o descobrir de novos horizontes, não obstante, permitindo desde logo, a manutenção de vastos impérios coloniais, e hoje se transformou no factor decisivo para o domínio dos mercados, em quaisquer dos casos, outrora ao serviço de governos fortes, a seguir de estados fortes e, hoje, a serviço da combinação de estados fortes com corporações económicas fortíssimas, sempre tendo como relevo a lei do passado: “ o forte vencendo será soberano”.

Desde logo, destruindo Isabel dos Santos, destrói – se o império eduardista, e apaga – se os dos Santos do mapa económico ou político no plano mundial, permitindo que não augurem nunca mais posições cimeiras neste País, é nisto que foca a luta de João Lourenço que vestiu – se da maior raiva possível desde que veio à Angola enquanto PR.

Por outra, a luta de João Lourenço é completamente parcial, ataca os eduardistas, porém coloca de parte os demais, coisa que não dá exemplo de justiça neste País. Pedro Luís da Fonseca fez corrupção em massa no Cuando Cubango, no tempo do GURN, enriqueceu de forma completamente ilícita, porém, a justiça perdeu o seu rosto, e, o seu nome não se encontra no livro dos justos, nem dos injustos. Está a ser protegido por João Lourenço, porque a ausência fez – lhe num inocente.

Abraão Pio Gourge um outro corrupto, de casta rara, anda à solta, não é tido nem achado pela justiça angolana, na verdade, em Angola, faz – se uma justiça completamente selectiva. Hoje encontra – se no BDA completamente protegido por Manuel Nunes Júnior. Manuel Vicente e tantos outros, são casos mediáticos do conhecimento público, porém, a justiça perdeu – lhes os rostos, para somente atacar aos dos Santos, parecem serem eles os detentores de toda forma de riqueza que ergue - se de uma forma de corrupção activa e passiva em Angola, no passado. Os dos Santos passaram a pagar todas as favas que os demais cometeram. Desde o assalto ao BESA à todas as formas de assalto aos bens públicos que foram cometidos pelo outros. JLO é sócio da LAC, é sócio do Banco Sol, tem empresas de extracção de diamantes nas Lundas, etc. Se realmente quer fazer justiça até ele mesmo deveria ser o primeiro a fazer exemplo de um bom cidadão, e entregar os bens roubados ao Estado angolano, porque não obteve os bens que hoje possuí com o salário que era menos de um milhão de kzs.

JLO não dá exemplo e quer combater a família dos Santos. JLO esqueceu – se que combatendo Eduardo dos Santos acaba com a vida do MPLA. Deveria dar exemplo antes de perseguir a família dos Santos. Se JLO não se recorda, há um ano atrás (João Lourenço) gastava cerca de 64 mil euros por hora num super avião de luxo: João Lourenço para a sua viagem à Espanha escolheu um avião que custa cerca de 320 milhões de dólares. Todavia, neste mesmo ano afirmou na imprensa portuguesa que deixaram – lo os cofres vazios, de que está a tocar no enxame dos marimbondos e que já está a sentir as picadas dos marimbondos. Dois anos depois de ter esbanjado tanto dinheiro dos cofres do Estado em viagens e hotéis de luxo no Ocidente e pelo mundo fora, a condição do angolano tornou – se completamente miserável. Angola passa de paraíso à inferno à céu aberto.

Se JLO quer justiça deve anular a amnistia aos crimes económicos imposta por JES em 2012 e desde logo, conduzir todo bando de corruptos e gatunos do erário público ao banco dos réu, e não julgar uns e proteger os outros, a justiça não deve ser parcial, deve ser global. De recordar que JLO também fez corrupção, roubou no Estado, nenhum ladrão tem força suficientemente justa para julgar o outro ladrão.

Por João Henrique Hungulo

Bem – haja! 

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