Afinal quem desvia milhões os usa e abusa ao seu bel prazer para satisfação das suas paranoia e futilidades materiais se entrar em acordo com a justiça devolvendo uma parte ou até mesmo tudo acaba por ser posto em liberdade e livre das consequências por ter praticado o que praticou que a lei diz ter sido crime?
Quem não quer afinal ser livre de qualquer responsabilidade mesmo tendo cometido um crime? Pois assim vale pena desviar uns milhões, usa-los e abusa-los, porque afinal vai bastar depois uns acordositos atípicos ou simulações com a justiça ao serviço de quem governa.
E o assunto fica arrumado, se fica livre de qualquer pena e responsabilização, claro que assim vale pena. Quantos não se sentem já estimulados para seguirem o mesmo exemplo dos dois, e estão já a preparar os argumentos para apresentarem no caso de um dia serem detidos pelo facto?
Se existe uma lei que permite isto então é caso para dizer que a tal lei é discriminatória, pois não é extensiva a todos. Pois não quero acreditar que se o ladrão de roupa na corda e telemóveis que raramente não leva um tiro do peito, se devolvesse uma parte do roubo ou mesmo toda, seria também posto em liberdade e livre de qualquer responsabilização?
Agora se foram postos em liberdade por terem feito a restituição dos dinheiros roubados, usados e abusados, para aguardarem julgamento porque afinal o que eles cometeram é considerado crime por lei.
Ai sim, com algum esforço ainda talvez percebesse essa intenção de um sistema judicial de que apesar de estar ao serviço de quem governa não ser assim tão má, sendo que vai acabar por julga-los.
Se estão mesmo livres de qualquer responsabilização pelo crime que cometeram então passo mesmo a acreditar de que este combate contra a corrupção, Não passar de uma careta triste, porca e de mau gosto que está a ser feita aos restos que ainda acreditam neste (combate) Que curiosamente já está a ser considerada também de palhaçada por alguns sectores da sociedade angolana.
Seja como for resta-nos aguardar se ainda vão tornar público ou não, um outro comunicado com explicações mais convincentes, claras e de acordo com o que diz a lei sobre um dossiê como este.