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Terça, 28 Agosto 2018 22:03

28 de agosto: o dia do grande patriota — porque não fazê – lo num feriado nacional?

O surgimento de movimentos que primassem pela defesa dos interesses nacionalistas em Angola, abriu os portões da liberdade dando lugar às luzes da independência. Todavia, ao 10 de Dezembro de 56 do distante século XX, homens vergados em defender a pátria levantaram – se em defesa da nação, colocando – se em confronto contra a tirania de atitude colonial, esses nacionalistas, começaram pelo uso da letra para fazer frente ao imperialismo do Estado Novo, tão logo, marcaram a expressão da força para fazer recuar o mundo escravo, foi nisso que surgiu no passado o PCA que veio a se transformar em PLUA, mas as mãos da PIDE roubou o privilégio da liberdade, tendo enterrado sonhos e factos com a prisão dos primeiros nacionalistas, muitos dos quais mortos de forma prematura, não mereceram dignidade pelas mãos dos tiranos, que os distrataram pior que animais.

Por João Henrique Rodilson Hungulo

Porém, o sonho de ter uma Angola livre, continuava a contagiar o eco da nação, encontrando – se na verdade clamada por nacionalistas em nome da liberdade, no manifesto que fizeram nesta era, onde relevam o papel da força das armas para calar a barbárie imposta pelo Estado Novo de Salazar. Veio ao ar neste tempo, o tão desejado movimento anti – colonial (Movimento de Libertação Popular de Angola). Essa data se colocou como a que se plasmou na história de sangue de patriotas à circular as veias e artérias da pátria, para dar – lhe lugar à vida em liberdade. Essa data acima expressa releva o marco histórico em defesa da independência, releva o marco histórico do início de todo um processo que veio culminar com o fim do imperialismo colonial de Salazar, e, deu lugar à independência proclamada à 11 de Novembro de 1975, releva a figura histórica de grandeza patriótica, no que tange, a luta pela dignidade dos oprimidos pelos açoites coloniais.

O MPLA representa acima de tudo o princípio elementar da dignidade do povo angolano, com o qual o povo avistou – se com a liberdade e a independência nacional, sendo assim, o MPLA representou tão cedo à escolha predilecta do povo angolano como representação dos seus fiéis anseios e profundas vontades.

Nesta trajectória histórica de patriotismo, se revela o contributo ímpar de um grande homem: “O maior patriota da história”. Este último, mergulhou – se nas circunstâncias e viravoltas do passado, aprendeu à sobrepujar as contradições da era que persistiam nas trevas de um passado triste, abriu os porões da paz para Angola, deu à nação um acto digno de reconciliação entre irmãos do mesmo sangue e da mesma carne, que matavam – se, odiavam – se, piores que rivais eternos, trouxe a unidade entre homens da mesma pátria, que não têm necessidade do porque primarem pela separação de região ou de tribo, ou ainda de cor de pele, este patriota, deu à Angola, o legado da reconstrução nacional de um país pisado há décadas pelos pés dos canhões e humilhado pelas vozes dos migues. O “bom Patriota” soube à cada instante impor as estratégias de maior conveniência para contornar os obstáculos, chamando ao seu encontro, o povo angolano, que sempre viu nele a solução das maiores controvérsias da época, unindo – se aos ideais que sempre iluminaram a sua história de patriotismo.

Lá se foram mais 76 anos desde que esse homem veio à nascer no mundo, e hoje 28 de Agosto, é o seu dia mais importante, como recorda um escritor, o homem só tem três festas importantes na vida, nascimento, casamento e morte, mas das três, a mais importante é o nascimento. Dos Santos veio como um Messias disposto à salvar a pátria dos momentos difíceis que atravessava, empenhou – se de forma árdua na conquista dos valores mais altos da nação angolana, tendo sob suas mãos, prioridades como: a preservação da unidade e coesão nacional, a consolidação da democracia e o crescimento económico, a garantia das condições básicas para o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida e dos índices de desenvolvimento humano no país. Por esse grande contributo, em gesto de gratidão, a nação teria de constituir o 28 de Agosto como o dia do “patriota”, colocá – lo ao dispor de um feriado de cunho nacional, pelo tão alto legado que deixa para o País, e que, jamais se há - de calar sobre o calor libertado pelas gerações à nascer.

A sinuosa marcha do curso natural das coisas em Angola, tornou o Eng. dos Santos num grande homem patriota, um homem que se forjou em coisas impossíveis cuja realização está longe do alcance de homens comuns, trouxe à configuração de Angola entre os países mais respeitados do continente berço. No último quartel da sua história, deixa uma transição pacífica às mãos da pátria, sem necessidade de convidar à festa tocada por um Djey chamado canhão para tal acto. Angola está a mostrar ao mundo o quanto é ímpar, o quanto é singular, neste processo que culminou com a transição política pacífica em África, um continente onde as transições políticas são marcadas por suor e sangue, caem sempre sobre alçadas de conflitos, Angola faz exemplo no continente do grito das confusões.

JES pode ser encontrado na origem de uma tradição de leitura da paz e da reconciliação nacional entre os angolanos, a sua obra de liderança, possui o seu próprio horizonte, sua própria estrutura, o seu próprio conjunto de problemas e soluções à dar respostas ao longo da história.

Não faltam exemplos vivos, em que a fidelidade de dos Santos, desempenhou papel fundamental na determinação das suas acções em prol dos anseios mais altos da nação angolana.

Dos Santos parece ser o palco por excelência em que os destinos da nação angolana encontraram soluções, sendo realizados radicalmente por sua entrega absoluta [de corpo e alma], renunciando a sua própria vontade, colocando à dispor a sua juventude toda para o bem da pátria, sacrificando a sua vida toda.

O Eng. dos Santos, tornou – se mais uma vez a pedra fundamental para o curso natural das coisas, no âmbito da transição política, todavia, torna – se mais uma vez à distinguir – se, entre os líderes mais respeitados que banham o continente berço, torna – se, num homem fiel as suas palavras, dos Santos faz exemplo de patriota — teimoso na fidelidade à pátria, à consciência nacional e às leis que ele próprio ajudou a elaborar, recordando Paulo Beleki “As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens nos céus. Assim, devemos ser todo o dia, mutantes, porém, leais às nossas palavras e promessas, leias aos nossos sonhos e objectivos, lembre – se, tudo se desmancha no ar, menos os pensamentos e as promessas”, essa afirmação de Beleki culminou com a realização do que à Sua Excelência Sr. Eng. JES disse na abertura da 11.ª reunião ordinária do Comité Central do MPLA: “Em 2012, em eleições gerais, fui eleito Presidente da República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018”.

Tão atípica, lenta e sinuosas têm sido a marcha da transição política em África, fez exemplo Angola que nas mãos de JES negou qualquer tragédia para impor face à transição, JES deu ao mundo um exemplo de paz, razão mediante a qual, o País se colocou mais uma vez na distinção entre os demais países, Mugab no Zimbábue teve de ser susceptível à um azar às mãos de um golpe de Estado para se impor a transição, Kadaf na Líbia não conheceu sorte alguma, era a primavera Árabe que roubou – lhe a vida, teve de sofrer uma anarquia rebelde imposta pelos EUA e o ocidente à mando da França para haver transição maquiavélica, Tunísia, Egipto, volveram – se aos conflitos sob legado do ocidente e de América de Obama, o saldo desse mal foi a guerra que até então mutila Síria com um trágico cenário. Esses países não mostraram nenhum exemplo de paz […]. Guiné – Bissau fez ainda o pior, se transformou na pátria do terror de actos hediondos, de lesa a humanidade, a terra que mata heróis, Amilcar Cabral, um grande nacionalista e patriota, que deu a vida para o bem de sua nação, que tanto fez por esta terra guineense, foi morto de maneira tão bárbara, de que tão péssimos e execrandos o farão. Os africanos têm feito um exemplo de transição política, primada no ódio e nas lágrimas tenebrosas de um tempo obscuro e hediondo que mata a carne e osso em nome do poder político, que jamais permite impor uma política civilizada e de paz, que faz exemplo de tempos de terrores e de obscurantismo. Porém, Angola é hoje o exemplo de aplausos para as nações africanas, e, nisso, aplaude – se ainda mais, o dia do “Grande Patriota” (28 de Agosto), porque se ele não tivesse nascido, isso tudo nunca haveria de acontecer, e, não é a sorte que se incumbiria por dar sentido coerente ao destino dos factos fazendo relevar o padrão de uma transição pacífica.

O Eng. JES faz nesta sorte, um papel singular em África ao romper barreiras e impor de forma única a sua ausência na vida política activa, cumprindo as suas promessas de 2016, parafraseando Theodore Roosevelt “É muito melhor lançar – se em busca de conquistas grandiosas, mesmo expondo – se ao fracasso, do que alinhar – se com os pobres de espíritos e egoístas por natureza, que nem gozam muito, nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta, onde não conhecem nem a vitória, nem a derrota”.

O Excelentíssimo Senhor Engenheiro deixa mais uma vez o seu exemplo de patriotismo primado numa transição pacífica, uma transição impelida a realçar o rosto oposto do desvio das impressionantes cifras da crise e da miséria política que marcam o cenário das transições políticas em África, onde as transições políticas, primam por um espírito sem condições objectivas para romper com o desencanto e o pessimismo que emanam do próprio processo de democratização anómalo vigente em muitas nações africanas, tendo a desconsiderar ou a minimizar a nova qualidade adquirida pela vida dos povos de África, chegando ao poder com o peso da barbárie e dos golpes de Estado impostos pela maldição que tomou por espaço África, marchando os sinuosos azares do subdesenvolvimento económico, típico do continente africano, - herdeiros de uma história perdida nas contradições e nos golpes de Estado, poucos se colocam ao dispor de uma transição civilizada e compassiva. A dificultar a transição em África creio ainda que está, em primeiro lugar, o próprio carácter dos novos governos africanos forjados na força e, nascidos nos golpes de Estado, encontram um vasto acordo de cúpula do poder, apenas em parte condicionado pela pressão popular, são obrigados a diversos compromissos e acomodações com sectores do Estado próprios de sua vontade.

Os exemplos de dos Santos produziram algumas consequências significativas, por um lado, aumentaram os níveis de emancipação social dos angolanos, implicou ainda a constituição de uma tradição democrática expressiva, plasmou a formação de organizações políticas da oposição, e sindicais representativos, autónomas e vigorosos. Por outro lado, deu lugar ao fortalecer de uma nação multifacetada, vestida de uma cultura política condicionada e pacífica, e, pelo fim do autoritarismo das armas e das revoltas populares, recuou o regime do mundo revoltado e rebelde (…), permitiu que sucessivos dirigentes do Estado encontrassem sempre condições de assimilar as tracções rivais das classes opositoras. Pelo tão elevado engajo em prol da pátria, o seu dia mereceria ser colocado à dispor de um feriado nacional, que todos viessem à comemorar o dia em que nasceu o libertador, o pai da democracia em Angola, o Pai da paz, o Pai da liberdade, o Pai da reconciliação nacional, o Pai da mudança do País para o melhor, o Pai do desenvolvimento económico de natureza nacional, o Pai da nação Angolana.

JES representa o ensaio do bem mais precioso da nação — a paz e a reconciliação nacional. Por isso, esse dia, deveria pretender por prestar homenagem à esse grande patriota à terra, que veio a ter um grande contributo na realização da nação e no seu destino, hoje a história está completamente indissociável de dos Santos, a história nacional à ser contada tem timbrado o seu nome em todos os parágrafos e frases, não se pode falar de Angola sem falar em dos Santos. O País correu sobre as suas mãos, ele se constituiu no único caminho por marchar no passado. A sua influência à salvação da nação face às contradições do passado, se resume em aspectos nacionalistas e patrióticos, necessários à construção de uma identidade comum à nação, mas também, outros que, se referem à reconstrução do País, se referem ainda à uma emergente luta pela autonomia cultural e política do povo — JES é desde então, o símbolo da paz e da reconciliação nacional, da unidade nacional, do amor, da reconstrução nacional. De Cabinda ao Cunene, e, do Mar ao Leste, não há nenhum angolano, que deu mais para esta pátria que este grande homem. Negar o seu dia, é negar a nação, é negar a paz, é negar a reconciliação nacional, é negar a concórdia mútua entre todos os angolanos, é negar o aperto de mãos entre os irmãos angolanos, é negar a democracia, é negar o desenvolvimento da nação. Seria até negar a nossa própria existência enquanto angolanos vinculados à um processo de nação e pátria una e indivisível, soberana e independente, livre e reconhecida pelas nações do mundo, porque foi este grande patriota nas vestes de Ministros dos Negócios Estrangeiros que deu tudo para que Angola fosse reconhecida pela ONU.

Bem – haja Cda Presidente Excelentíssimo Sr. Eng. JES — a pátria agradece ao seu grande dia de aniversário — que a mão de Deus rica e poderosamente ilumine todos os seus dias na terra — temos – lhe uma dívida impagável.

 “QUE DEUS RICA E PODEROSAMENTE ABENÇOA À VOSSA EXCELÊNCIA NO RITMO DE UM DESENVOLVER QUOTIDIANO SALUTAR QUE RESPLANDEÇA SAÚDE E PAZ NO CÍRCULO FAMILIAR E INDIVIDUAL”.
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