O presidente executivo do BPI rejeitou fazer comentários sobre um chefe de Estado de um país estrangeiro, mas acabou por dizer: “Tenho o maior respeito por todas as autoridades de todos os países onde operamos.”
O BFA, de que o BPI é o maior accionista, “é um projecto de enorme sucesso. E o BPI é uma parte muito importante da estratégia do BFA no apoio que o banco dá aos clientes angolanos e portugueses. O BFA é um banco angolano que tem um accionista português e um angolano”, que é a Unitel, e “tem um excelente relacionamento com todas as autoridades”, afirmou Fernando Ulrich durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do BPI nos primeiros nove meses do ano.
O presidente do banco salientou que “o BPI é uma empresa privada e a Unitel também”.
"Angola tem uma enorme importância para Portugal. Como já disse há vários anos, em entrevista ao Expresso, Portugal e Angola têm o potencial para terem uma relação especial do tipo da que tem Inglaterra e os Estados Unidos, à nossa escala" defendeu Ulrich.
"O que me pareceu foi que o Presidente José Eduardo dos Santos estava a falar de projectos futuros e não de projectos antigos entre os dois países que estão a funcionar". O banqueiro recomendou aos comentadores que leiam com atenção o discurso do Presidente angolano. Para o banqueiro "a proximidade entre os dois países é tão grande" que é possível Portugal ter uma relação mais próxima com Angola do que com Espanha ou o Brasil.
Por Maria João Gago
Jornal de Negócios