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Quarta, 30 Outubro 2013 20:32

Ulrich: "Não estou a antecipar represálias". "Não vi" isso nas palavras de Eduardo dos Santos

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Fernando Ulrich diz não esperar por represálias em Angola, salientando que o BFA, onde o BPI detém uma posição accionista, "é um projecto de enorme sucesso".

“Não estou a antecipar represálias. Não vi esse anúncio em lado nenhum no discurso do Presidente de Angola" afirmou Fernando Ulrich. 

O presidente executivo do BPI rejeitou fazer comentários sobre um chefe de Estado de um país estrangeiro, mas acabou por dizer: “Tenho o maior respeito por todas as autoridades de todos os países onde operamos.”

O BFA, de que o BPI é o maior accionista, “é um projecto de enorme sucesso. E o BPI é uma parte muito importante da estratégia do BFA no apoio que o banco dá aos clientes angolanos e portugueses. O BFA é um banco angolano que tem um accionista português e um angolano”, que é a Unitel, e “tem um excelente relacionamento com todas as autoridades”, afirmou Fernando Ulrich durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do BPI nos primeiros nove meses do ano.

O presidente do banco salientou que “o BPI é uma empresa privada e a Unitel também”.

 "Angola tem uma enorme importância para Portugal. Como já disse há vários anos, em entrevista ao Expresso, Portugal e Angola têm o potencial para terem uma  relação especial do tipo da que tem Inglaterra e os Estados Unidos, à nossa escala" defendeu Ulrich.

"O que me pareceu foi que o Presidente José Eduardo dos Santos estava a falar de projectos futuros e não de projectos antigos entre os dois países que estão a funcionar". O banqueiro recomendou aos comentadores que leiam com atenção o discurso do Presidente angolano. Para o banqueiro "a proximidade entre os dois países é tão grande" que é possível Portugal ter uma relação mais próxima com Angola do que com Espanha ou o Brasil.

Por Maria João Gago

Jornal de Negócios

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